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 | 24/12/2010 10h10min

Dez momentos que deram o que falar em 2010 nos gramados, quadras e pistas

Em retrospectiva, clicEsportes reúne episódios polêmicos do ano

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br

O esporte proporciona emoções e momentos inesquecíveis. E, por que não, surge também como um celeiro de polêmicas. Neste 2010 que chega ao fim, o que não faltaram foram lances que geraram discussões e levantaram questionamentos - dentro e fora de campo.

Confira 10 desses momentos selecionados pelo clicEsportes:

Olho humano
Juiz de futebol não pode errar. Nunca. É fatal. Errar em Copa do Mundo então... Coube ao uruguaio Jorge Larrionda a "honra" de ficar marcado por um dos erros mais grosseiros da história das Copas. Nas oitavas de final, Lampard acertou um chutaço, que foi ao travessão e desceu além da linha. Gol claro, seria o empate da Inglaterra sobre a Alemanha. Mas Larrionda mandou seguir e instaurou uma polêmica que atravessou os 90 minutos: o coro dos que pregam tecnologia para dirimir dúvidas no futebol aumentou, e a Fifa, mesmo avessa a novidades, prometeu pensar sobre o assunto.

Foto: Jewel Samad,AFP
Foto: Jewel Samad,AFP

Bola da discórdia
Nunca uma bola foi tão falada, criticada e bajulada. A Copa do Mundo amplifica ídolos, vilões, e com a Jabulani não foi diferente. Até o tranquilo Julio Cesar disparou contra a coitada: "Parece aquelas que vendem em supermercado”, disse o goleiro da Seleção. Mais leve e veloz, a bola foi algoz dos goleiros, amiga dos atacantes e queridinha da imprensa, que a colocava como protagonista das partidas. Polêmica, a Jabulani jamais será esquecida no mundo do futebol.

Não deu, Dunga
Dunga foi um personagem e tanto na Copa do Mundo. Sua campanha de números incontestáveis à frente da Seleção não bastava para os que criticavam sua personalidade emburrada e suas convicções ferrenhas em certos jogadores. Na Copa, Dunga isolou a Seleção, fechou treinos e colocou-se na ofensiva em entrevistas coletivas. Numa delas, foi flagrado xingando, em voz baixa, um jornalista. Com a eliminação para a Holanda, ficou em evidência o Dunga intransigente e polêmico, em vez do seu bom trabalho em quatro anos de Seleção.

Pisou no Robben e na bola
Poucos acreditavam em Felipe Melo. Dunga, sim. Aos poucos, o ex-meia e agora volante se firmou na Seleção. Aquela pouca honrosa fama de jogador violento e descontrolado começava a ficar para trás. Na fatídica partida contra a Holanda na Copa, Felipe Melo deu um passe magistral para Robinho abrir o placar. Mas, no segundo tempo, desvelou-se o pior Felipe Melo: depois da virada laranja, o volante confirmou o temor dos céticos, fez falta em Robben e afundou a sua chuteira na coxa do holandês. A expulsão acelerou o processo de desespero da Seleção, que inviabilizou uma reação. Por mais que negasse o descontrole, o controverso Felipe Melo ficou marcado como o grande vilão do fracasso brasileiro na África do Sul.


Pierre Philippe-Marcou,AFP
Foto: Pierre Philippe-Marcou,AFP


"Fernando is faster than you"

Se Felipe Melo retornou a sua essência na eliminação do Brasil, o mesmo se pode dizer da Ferrari. Em 2002, a escuderia mandou Rubens Barrichello entregar a vitória na Áustria a Schumacher na última volta. Ficou na história, uma mancha ferrarista. Em 2010, novo episódio. E com um brasileiro, para variar. "Fernando está mais rápido que você. Pode confirmar que entendeu esta mensagem?". Assim, em texto cifrado veio a senha para Felipe Massa ceder a vitória nas mãos do colega Fernando Alonso, em Hockenheim, em julho. O gesto revoltou os brasileiros e rendeu até camisetas com a frase "Fernando is faster than you". No fim das contas, a Ferrari escapou de punições, e o jogo de equipes foi liberado em 2011.

Jogo da vergonha
Ao falar em "entregada", não há como ignorar o que aconteceu no Mundial de Vôlei, em outubro. Caso o time de Bernardinho perdesse para a Bulgária, pegaria um caminho mais fácil na competição. Dito e feito: a Seleção não ofereceu resistência aos búlgaros e foi derrotada por 3 sets a 0. "É uma mancha negra na minha carreira", admitiu Giba, após perder o jogo que ninguém estava a fim de vencer.


FIVB, Divulgação
Foto: FIVB, divulgação


Fórmula sob suspeita
Nas rodadas finais do Brasileirão, a tensão imperou. E não apenas pelo caráter decisivo dos jogos. As rivalidades regionais protagonizaram momentos duvidosos, em que torcedores encheram estádios para torcer contra seu time. Tudo para prejudicar o rival que brigava pelo título. Culpa dos pontos corridos? A polêmica foi instaurada. Com o Inter, por exemplo, não teve essa. Mesmo podendo prejudicar o Grêmio na luta pelo G-4, o time colorado venceu o Botafogo no Engenhão.

Neymar x Dorival
Foi sob o comando de Dorival Júnior que Neymar livrou-se de um 2009 obsoleto e brilhou em 2010. Mas o jovem craque do Santos pareceu ter se esquecido disso ao desafiar a autoridade do técnico à beira do campo. Neymar não gostou de ter sido proibido de bater um pênalti diante do Atlético-GO e manifestou seu descontentamento diante das dezenas de câmeras instaladas na Vila Belmiro. O desgaste tomou as manchetes esportivas do país em setembro e custou o emprego de Dorival, que rumou ao Atlético-MG depois da polêmica.

Montagem sobre fotos Emerson Souza e Fernando Luz, Jornal A Tribuna de Santos
Foto: Montagem sobre fotos Emerson Souza e Fernando Luz, Jornal A Tribuna de Santos

Vibrou?
Uma das polêmicas do Gre-Nal 383 teve como protagonista um árbitro. Até aí tudo bem, tudo normal. O fator diferencial foi a suspeita de que o árbitro reserva assistente teria comemorado o pênalti marcado a favor do Inter. Segundo Alexandre Kleiniche, seu gesto atrás do gol foi puro reflexo, na tentativa de alertar Carlos Simon para a infração: "A minha intenção foi a de passar a informação instantaneamente para o Simon. Nada demais. Foi uma reação instantânea". Comemoração ou não, o lance virou hit no YouTube e esquentou ainda mais o já eletrizante clássico, que havia terminado empatado em 2 a 2, no dia 24 de outubro.

Valdir Friolin
Foto: Valdir Friolin

Os problemáticos da Dupla
Antigo sonho da direção, Leandro finalmente acertou sua ida ao Olímpico em janeiro de 2010. Cercado de expectativas, o atacante em nenhum momento confirmou o esforço do Grêmio em contratá-lo. Além de lesões, ele deu festas em seu apartamento, discutiu com vizinho, foi multado pelo clube e, para terminar 2010, esteve em uma festa de torcedores do São Paulo, quando se recuperava de uma lombalgia. Já Walter foi o garoto-problema do Inter em 2010: depois de um bom começo, foi criticado por Fossati, perdeu espaço e, irritado, abandonou os treinos. Depois de retornar, deixou novamente o grupo em 25 de junho e pediu para ser liberado. Walter ficou cerca de três semanas treinando em separado no Beira-Rio até rumar ao Porto, de Portugal.

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