| 23/12/2010 09h10min
É um fenômeno só possível com grandes craques. Os gremistas que não aceitavam a forma como Ronaldinho deixou o Olímpico em 2001 agora vibram com a notícia do seu retorno.
Havia quem o chamasse de "traidor", agora vejam. Era paixão, e paixão é irracional. Os dois lados da moeda daquele episódio (clube e jogador) nunca foram analisados sem paixão, o que impediu uma versão mais clara e razoável dos fatos.
Por isso, os que mudaram e os que mudarão de opinião sobre a saída de Ronaldinho para o PSG sem ressarcimento aos cofres tricolores estão absolutamente perdoados. Não há motivo para constrangimentos.
A volta do jogador mais talentoso já produzido no Rio Grande do Sul é boa para todos.
É boa para o Grêmio, que terá uma celebridade no seu time, atraindo investidores. Para o futebol brasileiro, que ganhará um extra-classe em ação nos seus estádios.
O retorno de Ronaldinho é bom até para o Inter: mais uma motivo para se reforçar frente aos desafios de 2011, e reforços que acrescentem à base campeã da Libertadores é algo positivo. Se vier um atacante incontestável, melhor ainda.
Estava em Abu Dhabi, na equipe da RBS que cobriu o vexame vermelho no Mundial, quando a bomba explodiu em Porto Alegre. Soube das tratativas por lá, no meio do furacão árabe.
Sempre disse que, se um dia Ronaldinho voltasse, bastaria um golaço com a camisa do Grêmio para os torcedores mais fanáticos mudarem de opinião e gritarem o seu nome no Olímpico.
Pelo que venho observando, nem vai ser preciso o golaço. Será só assinar contrato e tudo será como antes, uma década depois.
Seria uma vitória da tolerância.
Gremistas que não aceitavam Ronaldinho agora vibram com o possível retorno ao Olímpico
Foto:
Fernando Gomes
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