Esportes | 20/12/2010 20h48min
Apesar do fracasso no Mundial de Clubes, em Abu Dhabi, os torcedores colorados receberam os jogadores com gritos de apoio e aplausos nesta segunda-feira, às 15h15min, no aeroporto Salgado Filho. Os atrasos e o mau resultado não desestimularam os cerca de 100 torcedores que saudaram o retorno do grupo colorado.
O pedido de Fernando Carvalho e dos dirigentes surtiu efeito. O clima antes do desembarque era de orgulho e respeito. Colorados cantavam o hino do Inter e outras músicas alusivas às conquistas do time. A maioria ostentava as cores do clube em camisas e bandeiras.
>> Fotos do desembarque do Inter em Porto Alegre
A aparição de Alecsandro na rampa do avião, no entanto, revelou descontentamento de parcela dos presentes. Um pequeno grupo vaiou enquanto o centroavante descia ao solo, mas foi contido pela maioria da torcida. O restante dos jogadores e dirigentes ouviu aplausos e gritos de incentivo. Apesar disso, o único a interagir com os torcedores foi Carvalho, que bateu no peito e acenou ao desembarcar.
Na pele
— Larguei trabalho e família para vir para cá — confessou Dilon Camilo, corretor de imóveis, de 59 anos. — Com um time desses, não pode vaiar. É como um filho. Um pai nunca vaia o filho. Chorei por não ter ido a Abu Dhabi. Essa é a minha pele — encerrou, mostrando a tatuagem com o símbolo do Inter no braço esquerdo.
Foto: Gustavo Heldt.
Roupa suja só em casa
Em meio aos torcedores, um se destacava: trajando fantasia de sheik árabe, com turbante e óculos escuros, Luciano Simon, de 43 anos, pregou apoio ao time:
— Nunca deixo de apoiar. Quem está aqui é fiel. Roupa suja se lava em casa. No aeroporto, aparece a verdadeira torcida.
Tem que aguentar
Noé Melo Fernandes, de 76 anos, também não quis saber de críticas ao time. Mesmo assim, diagnosticou o mau desempenho na semifinal:
— Tremeram as pernas.
Paramentado com camisa colorada e bombachas, o gaúcho afirmou que a eliminação em Abu Dhabi não vai mudar sua vestimenta. Para ele, a resistência e o orgulho sempre foram marcas da torcida.
— Os gremistas me provocam nas ruas, mas eu aguento. Tem que aguentar. Agora, quando falam alguma coisa, eu digo que nunca estive na segunda divisão.
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