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 | 08/12/2010 12h01min

Menino com deficiência nas pernas realiza sonho e conhece o Beira-Rio

João Gabriel esteve no estádio horas antes da exibição do filme Absoluto – Internacional, Bicampeão da América

Michele Iracet  |  michele.iracet@zerohora.com.br

Horas antes de mais de 27 mil torcedores entrarem no Beira-Rio para assistirem ao filme Absoluto – Internacional, Bicampeão da América, um pequeno colorado esteve presente no estádio. João Gabriel Schultz, o capoeirista de Torres que sofre de artrogripose (atrofiamento dos membros inferiores), passeou na casa do time do coração na tarde desta terça-feira acompanhado pelos pais.

Veja o vídeo da visita de João ao Beira-Rio:


Assim que a família pisou no gramado, Gabriel não pensou duas vezes. A mão esquerda foi ao chão e arrancou um pouco da grama do campo para, segundo ele, guardar de recordação. Logo após, se soltou da cadeira de rodas e saiu engatinhando.

— Não tem espinhos. É macio — gritava impressionado o guri de apenas 11 anos.

Tão rápido como se estivesse correndo, o garoto chegou à goleira e começou a contar o espaço entre as traves. Para isso, ele intercalou as mãos de uma trave a outra.



— A distância é 44 mãos abertas e uma fechada — explicou.

A família saiu do Litoral ainda de manhã, almoçou na casa de uma amiga e logo após partiram em direção À sede colorada. Antes de começar a visita, Gabriel ganhou ingressos para o filme e duas camisetas do time. Uma delas tem o nome de D´Alessandro, o jogador favorito do menino.



— Ele é o melhor — afirmou João Gabriel.

O capoeirista sorria e cochichava no ouvido do pai as impressões que teve de todos os lugares em que foi levado. Em um dos camarotes do clube, saiu ligeiramente para a grade de proteção, onde enroscou os braços e ficou com o olhar perdido diante do campo.

Antes de entrar no Museu do Internacional, o garoto foi convidado a escrever um recado na bandeira que será entregue aos jogadores que viajarão para Abu Dhabi. Após alguns minutos de indecisão sobre o que escreveria, o jovem colorado deixou uma mensagem simples, mas que traduz o sentimento de muitos colorados: "Estou torcendo por vocês".

João joga capoeira no grupo da escola, em Torres:

 
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