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 | 03/12/2010 23h10min

Polícia indicia padre suspeito de pedofilia em Canoinhas

Ele está preso preventivamente desde outubro por supostamente ter estuprado uma menina

Uma suspeita de pedofilia envolvendo um padre é investigada há mais de nove meses pela polícia em Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina. O religioso Marcos César Andreiv foi indiciado e está preso preventivamente desde outubro por supostamente ter estuprado uma menina.

Mas os detalhes da investigação não são revelados pela polícia porque o processo corre em segredo de Justiça. O delegado responsável pelo caso, Ruy Orestes Kuchnir, apenas confirma que o padre se entregou em outubro porque sabia que era procurado.

O caso veio à tona quando a mãe da menina desconfiou que a filha estivesse sendo abusada. Em depoimento à polícia, a garotinha disse que era tocada nas partes íntimas e que o padre orientava para contar nada "porque o anjinho a levaria".

A menina também revelou que o padre tirava a roupa quando ficavam sozinhos. A criança também contou sobre os abusos para uma professora, uma orientadora da escola que frequentava e para uma médica.

Um relatório psicológico confirma que a menina sofreu abuso. Ao se convencer do crime, a polícia pediu a prisão preventiva do padre,

— O que se pretende é evitar que o indiciado cometa novos crimes contra outras crianças. Isso porque, conforme indicam as provas indiciárias, o acusado aproveitou-se de sua profissão de sacerdote para praticar os delitos de cunho sexual —, escreveu o juiz, ao aceitar o pedido.

Antes de se entregar, o padre Marcos Andreiv deixou Canoinhas e passou a morar como foragido no Paraná. Ao pedir a anulação da prisão preventiva alegando constrangimento ilegal por falta de prova da autoria do crime, os advogados do padre afirmaram que ele havia viajado para atender doentes na região rural.

Mas o argumento não convenceu o Tribunal de Justiça, que manteve a prisão preventiva. Além de negar a liberdade provisória, a Justiça também rejeitou o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados do padre no mês passado.

A defesa quer que ele responda ao processo em casa devido a problemas de saúde. O juiz da Vara Criminal de Canoinhas, Rodrigo Coelho Rodrigues, determinou que um médico informe se o padre sofre de alguma doença que o impossibilite de ficar na Unidade Prisional Avançada (UPA) daquela cidade.

O exame já foi feito, mas ainda não há uma decisão judicial sobre o pedido. Por enquanto, outra decisão do juiz determina que o padre seja examinado semanalmente por um médico na prisão. A reportagem procurou o advogado do padre por telefone, mas um funcionário do escritório informou que ele estava em viagem e não falaria sobre o caso.

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