Na noite desta quinta-feira, enquanto o Inter enfrentava o Grêmio Prudente em São Paulo, Pedro Affatato (Chapa 1) e Giovanni Luigi (Chapa 3), candidatos à presidência do Colorado, debateram no programa da TVCOM Conversas Cruzadas. Após sorteio que determinou quem começaria falando, os dois candidatos responderam por que querem ser presidente do Inter.

Affatato afirmou que ocupar o cargo máximo no Inter é um sonho e lembrou do seu trabalho no clube ao longo do tempo. Ele também lembrou o ano de 2007, quando o time vinha da conquista do Mundial e não foi bem no Gauchão e na Libertadores. Na época, Luigi era o comandante do futebol: 

— Eu quero ser tricampeão da América. Eu não quero perder o Campeonato Gaúcho como perdemos naquela época. Isso é o que nos move no sonho de presidir o Inter na próxima gestão — falou Affatato.

Luigi lembrou todos os cargos que ocupou no Beira-Rio e listou todas os seus títulos como vice-presidente de futebol. Falou sobre a conquista da Recopa Sul-Americana, da Copa Dubai, contra a Inter de Milão, e da Copa Sul-Americana. Ele também lembrou do último título do Colorado:

— Eu quero ser presidente do Inter para manter o modelo de gestão do clube. Um modelo vencedor. (...) Tenho uma participação decisiva, junto com o Carvalho, na conquista do bicampeonato da Libertadores da América — disse Luigi.

No segundo bloco, o debate entre os dois candidatos esquentou. Enquanto Affatato defendia um modelo de gestão sem a necessidade de vender jogadores, com recursos oriundos de espaços para locação no Beira-Rio, Luigi afirmava que a ideia do adversário era inviável.

Celso Roth

O apresentador Lasier Martins aproveitou a oportunidade e perguntou para os ocupantes da bancada se o treinador Celso Roth seria mantido em 2011. Luigi respondeu que a decisão seria tomada apenas depois da eleição. Affatato foi direto ao garantir que o técnico continua se vencer o Mundial de Clubes de Abu Dhabi.

Apoio de Fernando Carvalho

Os dois candidatos também discutiram o apoio de Fernando Carvalho, considerado peça fundamental na eleição. Luigi afirmou que o dirigente só será vice de futebol caso ele vença, e questionou por que Affatato disse que também tinha o apoio do atual comandante do futebol: 

— Estou há 10 anos trabalhando com o Carvalho. Conheço o coloradismo dele e sou amigo dele. Eu posso garantir que se ele ficar para ti, ele ficará para mim também. Não para mim, para o Internacional. Com em 2007 ele veio para te ajudar, ele virá para nos ajudar — garantiu Affatato, e completou: 

— Ele faz isso para proteger. Ele conhece a fragilidade. Ele quer te proteger, Luigi.

Luigi se defendeu usando exemplos da mídia, e acusou o adversário de tentar desmerecer sua candidatura ao falar da proteção de Carvalho com Luigi. 

— Publicamente existem gravações e matérias em jornal em que Fernando afirma que contigo ele não fica no Internacional. E a questão da proteção eu entendo que, mais uma vez, a Chapa 1 quer desmerecer o outro candidato — falou o candidato da Chapa 3, e encerrou:

— Eu posso dizer que tenho o apoio do Fernando Carvalho.

Considerações finais

Nas considerações finais, Luigi repetiu que gostaria de manter o modelo de administração vencedor e pediu o voto dos sócios: 

— Quero me dirigir ao sócio do Internacional. Queremos manter este modelo de futebol vencedor. Administrar com responsabilidade. Peço a todos o voto para a Chapa 3 para presidente e para o Conselho Deliberativo.

Affatato, mais uma vez, lembrou 2007 e pediu a consideração do sócio para a importância do cargo de presidente do Inter: 

— Queria que o nosso sócio leve em consideração um termo muito importante. Ano que vem teremos uma situação semelhante a 2007, quando o Luigi foi oportunizado vice-presidente de futebol. Os problemas que vivemos em 2007 conseguimos sanar com a vinda do Fernando Carvalho. Agora é a presidência, que é por dois anos. Eu gostaria de ter essa oportunidade que eu não tive como o Luigi teve. E a presidência não tem como mudar.