| 03/12/2010 01h46min
Porto Alegre – Os torcedores não perdem a esperança. Suportam por horas em frente à Central de Relacionamento, na expectativa de que alguém desista de comparecer ao Olímpico e abra uma vaga de última hora para apoiar o time contra o Botafogo. A futura direção esboça receio de que o Independiente não consiga reverter a vantagem obtida pelo Goiás no primeiro jogo decisivo da Copa Sul-Americana. Se isso se confirmar, de nada adiantará acabar o Brasileirão em quarto. A última vaga brasileira seria dos goianos.
Quarta-feira, surgiu nova chance para quem não conseguiu se habilitar aos 20,9 mil ingressos colocados à venda pelo clube e esgotados em prazo recorde. Cerca de 400 sócios patrimoniais e locatários de cadeiras que não irão ao jogo autorizaram a direção a repassar os ingressos a outros associados. No final da manhã, eles haviam sido vendidos.
Esperança – Preocupado com a pouca qualificação do Independiente, o presidente eleito Paulo Odone concorda que o 2 a 0 dá ao Goiás “uma larga vantagem”.
– A alma castelhana poderá fazer a diferença em favor dos argentinos – espera Odone.
A derrota do Goiás, avalia Odone, anteciparia em um ano o projeto de fazer o clube participar outra vez de uma Libertadores, competição que serviria para aliviar as dificuldades financeiras do clube. Sem boa parte dos recursos gerados pela televisão e pelos patrocinadores, o Grêmio aposta na competição para arrecadar pelo menos R$ 20 milhões até o final do ano. A arrecadação seria proveniente de bilheterias, cotas de transmissão de jogos, publicidade estática, venda de produtos e reajuste das mensalidades dos associados.
– Se não der, vamos à luta. Estaremos na Libertadores nem que seja em 2012 – aposta.
Os jogadores preferem não comentar a situação do Goiás. Apoiam-se no discurso de que não adianta sonhar em ser quarto no Brasileirão sem antes passar pelo Botafogo.
– A disputa está aberta. Se o Goiás fez dois aqui, o Independiente pode fazer lá. Só que, primeiro, temos que vencer aqui – lembra Jonas.
O técnico Renato Portaluppi mantém a esperança. Entende que o Goiás deixou escapar a chance de “matar” no primeiro jogo.
luis.benfica@zerohora.com.br
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