Poucos entendem mais de pneus na Fórmula-1 do que Rubens Barrichello. Em 18 temporadas, o piloto brasileiro já usou a borracha de três fornecedores (Goodyear, Bridgestone e Michelin), além de ter andado com pneus slicks e com sulcos. E a julgar pelo primeiro teste em Adu Dhabi, aprovou o novo fornecedor da categoria em 2011, a Pirelli.

— O pneu tinha tudo para ser ou melhor ou pior, mas a verdade é que eles entraram muito bem. O balanço do carro é muito parecido com o da época da Bridgestone — comparou Barrichello. — Tem gente que gostou mais para o carro deles e que gostou menos, mas, para mim, o saldo foi positivo — acrescentou o piloto da Williams. 

O brasileiro foi o que mais voltas deu nos dois dias de testes em Abu Dhabi: 191, o que dá mais de 1.060 quilômetros de experiência com a borracha italiana. São dados que servirão de ajuda fundamental para desenvolver o carro de 2011.

— Todas as equipes buscaram anotações com medições no carro e colheram todos os dados para que o carro de 2011 possa nascer bem para esse pneu. Nós pudemos analisar em detalhe um comportamento diferente do pneu. Se bem que, para a performance do piloto, pelo menos no meu carro, não foi uma grande diferença — disse o brasileiro, que chegou a ter uma câmera especial montada no carro só para filmar o tempo todo o comportamento do pneu dianteiro direito.

As equipes só voltarão a testar os pneus Pirelli em fevereiro, já com os novos carros. O que não significa que Barrichello descansará: no próximo fim de semana, ele correrá as 500 Milhas da Granja Viana, na região metropolitada de São Paulo, e, em dezembro, participará do Desafio das Estrelas de kart, promovido por Felipe Massa em Santa Catarina.