No ano passado, eles trabalhavam lado a lado em prol do mesmo time. E o resultado foi uma inédita final e a medalha de prata para o time de Montes Claros. Neste sábado, jogarão pela primeira vez na Superliga masculina de vôlei 10/11. O BMG/Montes Claros (MG), do técnico Talmo de Oliveira, receberá o estreante Londrina/Sercomtel (PR), comandado por Chiquita, no ginásio Tancredo Neves, na cidade mineira de Montes Claros, a partir das 19h30min. No Capoeirão, em Florianópolis, às 20h, a Cimed (SC) jogará contra o Volta Redonda (RJ). Ambos os jogos são adiantados da segunda rodada da competição devido à realização de campeonatos paralelos.

Esta será a partida de estreia do Londrina/Sercomtel na Superliga 10/11. A estrela do time, que participa pela primeira vez da competição, é o líbero Alan, que fez parte da campanha do tricampeonato mundial com a seleção brasileira na Itália, no mês passado.

– Nosso principal objetivo é chegar entre os oito times nos playoffs. Sabemos dos grandes adversários que vamos enfrentar, mas a equipe vem treinando muito bem. Só que não disputamos um jogo sequer antes desta estreia, e começar um campeonato sem jogar é meio complicado. Mas acredito em uma disputa bem interessante com o Montes Claros – diz o técnico Carlos Augusto de Almeida, o Chiquita, que, na temporada passada, era assistente de Talmo no time mineiro.

– Tenho um carinho enorme pela equipe, embora tenha mantido apenas dois jogadores do ano passado para cá, e também pela cidade, que me acolheu muito bem. O Talmo é um amigo desde os tempos como jogador, e essa amizade aumentou a partir do momento que trabalhamos juntos – ressalta Chiquita.

A equipe paranaense, no entanto, não contará com seus dois reforços estrangeiros no confronto: o central Marc Honore, de Trinidad e Tobago, e o ponteiro Robert Tarr, dos Estados Unidos, ainda não tiveram os vistos de trabalho liberados. Além deles, o segundo levantador, Canhoto, está resolvendo suas questões com o ex-clube, e também não jogará.

Ao contrário do adversário, o BMG/Montes Claros já estreou na Superliga 10/11 e venceu o Santo André/Spread (SP) por 3 sets a 0, diante da apaixonada torcida mineira.

– Dentro de casa, espero que a gente continue crescendo e jogue melhor do que a partida de estreia. Não conhecemos o Londrina, apenas algumas de suas peças. E o time tem jogadores que nunca atuaram no Brasil. Será uma nova adaptação – diz Talmo, que fez elogios ao treinador adversário.

– O Chiquita é um excelente técnico, com uma capacidade enorme. Aprendi muita coisa com ele – admite Talmo.

Cimed e Volta Redonda buscam segunda vitória

A Cimed também entrará em quadra buscando a segunda vitória na Superliga 10/11. A equipe catarinense estreou na competição vencendo a Fátima/Medquímica/Sogipa (RS) por 3 sets a 0, em Florianópolis.

– O Volta Redonda tem um saque potente e uma ótima virada de bola. Isso o torna um adversário perigoso. É um time que não tem jogadores de grande expressão, mas é muito equilibrado, que funciona em todos os fundamentos. Além disso, o Everaldo é um levantador que joga com muita velocidade – analisa o técnico da Cimed, Marcos Pacheco.

– A Cimed teve perdas bem significativas nesta temporada (Lucas, Mário Jr e Thiago Alves), mas nosso objetivo continua sendo o mesmo: sermos campeões da Superliga. A saída de vários atletas afeta a química, o entrosamento de quem estava junto há três anos e foi tricampeão. E, para este novo processo, chegaram jogadores experientes como o João Paulo Tavares, o Anderson e o Jardel, que se juntaram a um grupo importante como Bruno, Éder e Renato – completa Pacheco.

Único representante do Rio de Janeiro, o Volta Redonda estreou derrotando o Soya/Blumenau/Martplus (SC) por 3 sets a 2, em Belo Horizonte. O resultado foi importante – o maior pontuador do jogo foi o oposto da equipe sul-fluminense, Leozão, que marcou 20 pontos -, mas a atuação do time não agradou ao técnico Alessandro Fadul.

– Não fizemos uma grande partida. Cometemos muitos erros não forçados. Mas tiveram alguns fatores que podem ter influenciado no desempenho: o fato de ser uma estreia, na casa do adversário e ainda ter perdido uma peça importante como o Ezinho dois dias antes da partida. Mas o importante foi ter começado a competição com vitória – admite o técnico do Volta Redonda, que analisa o time catarinense.

– Apesar de a Cimed ter perdido alguns jogadores nesta temporada, continua sendo uma equipe forte. Vai ser uma pedreira, mas nosso pensamento não muda. Não importa se a Cimed é tetracampeã da Superliga e se conta com campeões mundiais. Nosso foco é o mesmo: a vitória. Sabemos que vai ser uma partida difícil, e que o favoritismo é do adversário, mas vamos lutar por um bom resultado.

CLICESPORTES