As seleções femininas de vôlei do Brasil e Rússia, que terminaram a segunda fase como líderes invictas de seus grupos, partem no sábado em Tóquio como favoritas nas semifinais do Mundial. As brasileiras enfrentam o Japão, 7h (horário de Brasília), e as russas encaram as americanas mais cedo (4H).

As brasileiras, campeãs olímpicas, e as russas, defensoras da coroa mundial, têm tudo pronto para medir suas forças na grande final de domingo, isso se a lógica prevalecer e as japonesas ou americanas não surpreenderem. No caso da seleção brasileira, o desafio é ainda mais apaixonante: conseguir os dois títulos para o país nos mundiais desse esporte, após a seleção masculina conquistar em outubro o título na Itália.

Em seu percurso na competição feminina, as jogadoras brasileiras tiveram uma boa atuação e partirão como favoritas, apesar de contarem com a pressão do público contra elas e do Japão estar fazendo um grande torneio, superando na classificação da segunda fase potências como a Sérvia.

– Alcançamos as semifinais e esse era nosso objetivo, é um passo importante – comentou o técnico José Guimarães após as brasileiras garantirem presença entre as quatro melhores: – Mas agora não nos conformamos e queremos mais – afirmou.

O time brasileiro viajou de Nagoia para Tóquio e lá recebeu a visita do presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça, que transmitiu força para o desafio deste fim de semana.

– Até agora fizeram uma campanha brilhante no Mundial. Venceram em todas as partidas e receberam elogios de todo o mundo. Agora chegou o momento decisivo, temos que manter a concentração e a dedicação – comentou Graça em sua visita ao grupo.

Entre as japonesas, a sensação é de que o torneio já foi um sucesso e tudo o que vier agora será mais um prêmio.

– Nosso objetivo é conquistar uma medalha, então temos que ganhar mais uma ou duas partidas. A autêntica competição começa agora – disse uma de suas mais importantes jogadoras, Shaori Kimura.

Na outra semifinal, as campeãs mundiais russas, com Ekaterina Gamova, parecem claramente superiores aos Estados Unidos, e apenas o excesso de confiança poderia impedi-las de chegar à ansiada final. Os Estados Unidos foram a última seleção classificada para as semifinais, na quarta-feira na última partida da segunda fase, mas a Rússia não quer dar sua vitória como garantida.

– É difícil antecipar o que vai acontecer nas próximas partidas e na final, não espero nada em particular. Simplesmente, vamos fazer o melhor possível – disse o técnico russo, Vladimir Kuzyutkin.