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A torcida clama. Paulo Sant'Ana suplica. No entanto, nada de a renovação de Renato com o Grêmio acontecer. Apesar de o técnico ter se mostrado pouco satisfeito com os valores propostos em entrevista no sábado, o futuro assessor de futebol do clube, Antônio Vicente Martins, diz que segue otimista. Ele optou por não repercutir diretamente a explanação do treinador. 

Segundo o dirigente tricolor, o mais importante é a vontade de Renato. Vicente crê que o técnico deseja permanecer no clube que ajudou a alçar para a beirada da zona da Libertadores.

— O Renato deixou claro, por meio de seu procurador, que quer estar no Grêmio em 2011. Eles ainda não têm posição, mas temos que negociar sem pressa. O fundamental é que as duas partes querem.

A demora, para Vicente, é natural por se tratar de uma negociação "complexa". Questionado sobre qual ponto do futuro contrato estaria emperrando as tratativas, o dirigente afirmou que não há um assunto em específico de discordância e que as arestas, aos poucos, estão sendo aparadas.

— Estamos negociando à exaustão. E, a cada reunião, há uma evolução — constata, concordando com o presidente eleito Paulo Odone: — É preciso ter bom senso. Não só o Renato, mas todos.

Grêmio e procuradores de Renato já se encontraram duas vezes. Vicente diz que ainda não há data para uma nova reunião. A renovação, inicialmente, seria por mais por dois anos. A intenção da direção é contar com o técnico na inauguração da Arena, o novo estádio tricolor, com previsão para conclusão das obras no final de 2012.

Perguntado sobre valores, Vicente optou por não comentar as cifras envolvidas no acordo. Informações dão conta de que a proposta tricolor para Renato inclui salário mensal de R$ 360 mil. O técnico recebe hoje quantia que ronda os R$ 275 mil.