Mundo | 28/10/2010 09h09min
O que começou como uma migração esparsa até a Avenida de Maio, para as pessoas acompanharem o velório do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, já se transformou em uma romaria. É comovente ver a forma como as pessoas se dirigem em silêncio até a praça, em frente da Casa Rosada (sede do governo argentino). Na noite de onte, houve uma marcha silenciosa.
A praça está tomada por pessoas que lamentam a perda do líder resposável pela recuperação econômica do país, oito anos atrás. Muitas dessas pessoas foram diretamente favorecidas por programas assistencias kirchneristas. Uns seguem até o local espontaneamente. Outros ficam sabendo via redes sociais.
Os argentinos, enfim, vivem um luto coletivo.
O pedreiro Ramón Gallardo, 67 anos, transbordando de emoção, conta que foi Kirchner quem o tirou da vila miserável em que ele vivia com a mulher e os três filhos.
– Fui muito ajudado pelo Jefes e Jefas de Hogar (programa assistencial na linha do Bolsa Família). Só assim, pude me reerguer. Cristina é a seguidora dele, até porque todos sabem que ele governava com ela desde Olivos (onde fica a residência oficial). E ela não vai nos deixar – projetou.
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