Mundo | 27/10/2010 16h40min
O governo argentino informou há pouco que o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner será velado a partir do meio-dia de amanhã, dia 28, na Casa Rosada e não mais no Congresso Nacional.
De acordo com o chefe de gabinete do governo, Aníbal Fernandez, o velório de Kirchner seria no Salão dos Passos Perdidos, mas a queda de um vitral inviabilizou o uso do local para o velório, segundo informou a administração do edifício.
Manifestações nas ruas
A polícia de Buenos Aires está bloqueando algumas ruas e avenidas para facilitar o deslocamento da população até a Casa Rosada. Muitas pessoas começam a se dirigir à Praça de Maio, onde fica a sede do governo, para colocar flores e bandeiras diante do portão de ferro que circunda o prédio.
Vários sindicatos e organizações sociais convocaram uma manifestação de apoio à família Kirchner, marcada para as 20h de hoje. O governador da província de Chaco, Jorge Capitanich, amigo da família Kirchner que se encontra em Buenos Aires, disse que esteve com o ex-presidente no último dia 20 de outubro e não percebeu alterações no seu estado de saúde.
Capitanich afirmou que Kirchner não fumava e não tomava bebidas alcoólicas, apesar de manter intensa atividade política, desobedecendo orientação médica para reduzir suas atividades devido às duas cirurgias a que foi submetido.
Nesta tarde, o chefe de gabinete do governo embarcou para a cidade de El Calafate, onde ainda se encontra a presidente Cristina Kirchner. Com ele, embarcou a irmã do ex-presidente, Alícia Kirchner.
Repercussão na mídia
Poucos minutos depois da confirmação da morte do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, os portais dos grandes jornais do mundo, sobretudo na América do Sul, já estampavam o luto pelo acontecimento no fim da manhã desta quarta-feira.
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Em FOTOS: a trajetória de Néstor Kirchner
O jornal argentino El Clarin pondera, por meio de um analista, que a Argentina enfrenta uma nova situação dramática, de incerteza política. "Um país que parece condenado a viver entre a tragédia e o drama", diz a publicação. O site também ressaltou a repercussão no Twitter, através de mensagens de políticos de "todos os partidos".
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Já o La Nación externou em seu portal o sentimento de "consternação" que envolveu os argentinos. Segundo reportagem, a presidente Cristina Kirchner acompanhou o seu marido "até o final".
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Na Espanha, o El País conferiu destaque principal ao fato, adotando uma linha analítica. O site argumentou que, mesmo tendo passado o poder para a sua esposa, Kirchner jamais deixara de governar a Argentina. O inglês The Times segue a ideia espanhola, estampando que morre o "homem forte" daquele país (abaixo).
Da mesma forma, o site italiano La Stampa lembrou em sua manchete que morria o presidente responsável por retirar a Argentina da crise econômica do início dos anos 2000.
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Agencia Brasil
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