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Economia  | 21/10/2010 14h19min

Exportações gaúchas crescem 4,6% em setembro

Valor negociado atingiu US$ 1,1 bilhão em setembro deste ano

As exportações da indústria gaúcha registraram um resultado US$ 1,1 bilhão, o que significa um crescimento de 4,6% em relação ao meso período do ano passado. O resultado possibilitou que as vendas externas totais do Estado fechassem com alta de 2,4% (US$ 1,4 bilhão), já que os embarques de produtos básicos (grãos, minérios, commodities) sofreram uma queda de 8,4%. Os dados foram liberados nesta quinta-feira (21) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Nessa base de comparação, as vendas dos produtos industriais com alta tecnologia expandiram 27,3% e os com média-alta tecnologia avançaram 20,7%. Juntos, responderam por 25% das exportações globais do Rio Grande do Sul. Os setores com as melhores performances em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2009, foram Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (50%), Máquinas e Equipamentos (35,5%), Borracha e Plástico (22,2%), Alimentos (19,7%), Couro e Calçados (10,6%) e Químicos (8,8%).

Posição

O Rio Grande do Sul ocupou a quarta posição entre os Estados exportadores, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. China, Argentina e Estados Unidos compraram a maioria dos produtos gaúchos, nessa ordem de importância. Apesar dos chineses terem diminuído em 2% seus pedidos, receberam 24% dos itens enviados ao Exterior. Os argentinos e americanos aumentaram as suas compras em 54% e 13%, respectivamente.

As importações de produtos industrializados do Estado, em setembro ante o mesmo mês do ano passado, subiram 32,8% e somaram US$ 1,2 bilhão, ou seja, 98% de tudo que o Estado comprou. A maioria das encomendas foi de produtos intermediários (54,9%), bens de capital (13,2%) e bens de consumo duráveis (9,5%).

Diante dos números apresentados, a necessidade de uma nova equação cambial foi defendida pelo presidente da Fiergs, Paulo Tigre. — As exportações de produtos industriais refletem a baixa demanda externa e a taxa de câmbio valorizada, que reduz competitividade das empresas. Além disso, enfrentamos altos custos internos de produção e de logística, como os problemas verificados atualmente com os embarques de contêineres no porto de Rio Grande — afirmou.

Para o industrial, o mundo vive hoje uma verdadeira "guerra cambial", e o Brasil precisa enfrentar essa situação não só com medidas pontuais, mas numa visão de prazo maior para garantir a inserção internacional e a competitividade dos exportadores do país. — Se nada for feito, estaremos comprometendo nosso futuro econômico — declarou.

Dificuldades

A Fiergs também enfatizou que as vendas externas dos exportadores que dependem de contêineres para os envios de suas mercadorias vêm sendo comprometidas nos últimos meses por questões fiscais e de infraestrutura portuária. Desde julho, mais de 20% dos navios deixam de fazer escala no terminal do Porto de Rio Grande. Com isso, parte da carga tem ficado parada aguardando transporte, o que resulta em perda de prazo no envio dos produtos, cancelamento das vendas pelos clientes e aumento dos custos.

ZH DINHEIRO, COM INFORMAÇÕES DA FIERGS
 
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