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Faltava só uma frase de efeito, um desabafo forte, um discurso público e contundente. Pois isso foi feito no final da tarde de ontem pelo presidente do Caxias, Osvaldo Voges, primeiramente ao jornal Pioneiro e, na sequência, à Rádio Caxias:

— Não existe a menor condição de relacionamento com o Juventude. Estou muito chateado. Existe uma política de agressão ao Caxias e à minha empresa. As relações entre os clubes estão rompidas —  afirmou o mandatário grená.

Ao tomar conhecimento das declarações de Voges, o presidente do Juventude também foi enfático e definitivo.

— Se ele (Osvaldo Voges) foi a público para dizer que as relações estão rompidas, então também considero que elas estão. Para reatar qualquer relação, ele terá que tomar alguma atitude. Eu não vou tomar. Afinal, isso está partindo dele — respondeu Milton Scola, o mandatário alviverde.

O fim das relações entre as direções da dupla Ca-Ju já vinha sendo desenhado desde o final do clássico de 29 de agosto, no Estádio Centenário, pela Série C do Brasileiro. Faltava a gota d'água. E ela veio entre esta segunda e terça-feira, após o julgamento no STJD sobre os incidentes naquela partida. A punição de dois mandos de campo para o Caxias, seja na Copa do Brasil ou na Série C de 2011, desencadeou a revolta de Voges.

— Eles fizeram um vídeo para quê? Só para prejudicar o Caxias! Tínhamos tanto ou mais cenas que prejudicariam o Juventude do que eles da gente, e não fizemos dossiê nenhum. Mas agora vamos nos defender, vamos apresentar um vídeo nosso também no tribunal. O que eles querem é mudar o foco, achar culpados para a queda à Série D. O que tem de ficar claro é que o maior prejudicado naquele Ca-Ju não foi o Juventude, foi o Caxias, que tinha de ganhar para se classificar. O Juventude caiu porque perdeu em casa para o Brasil-Pe — desabafou o presidente grená.

— Nós não inventamos nenhum vídeo, só mostramos as imagens. Eles (Caxias) podem fazer qualquer vídeo, mas a nossa torcida só agiu daquela forma porque foi provocada — defendeu-se Scola.

Confira a reportagem completa na edição impressa do Pioneiro desta quarta-feira.