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Esportes  | 14/10/2010 15h58min

As coisas estão acontecendo na hora certa, diz Jonas

Goleador do Brasileião concedeu entrevista exclusiva ao site fifa.com


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Em entrevista exclusiva ao site fifa.com, o goleador do Campeonato Brasileiro, Jonas, afirma: “As coisas estão acontecendo na hora certa”. Para o atacante, as partidas vêm confirmando a excepcional fase de sua carreira.

Um ano atrás o jogador havia sido considerado “o pior atacante do mundo” por um jornal espanhol. Dois anos antes ele não era aproveitado no Tricolor. Sete anos atrás a carreira de boleiro nem mesmo estava nos planos de Jonas. Hoje ele se distancia na artilharia do Brasileirão e também sobe progressivamente na lista de goleadores históricos do clube gaúcho.

O atacante gremista contou para o site como começou sua carreira de jogador. Ele revelou sobre sua infância, em que jogava bola em Taiúva, pequena cidade de cerca de 5 mil habitantes no norte do estado de São Paulo. Com características um meia-atacante de muita movimentação, velocidade, domínio de bola e também bom finalizador, o Guarani tentou levá-lo por duas vezes. A primeira quando o garoto tinha 12 anos e a segunda, com 15. Mas não havia meios de convencê-lo a seguir carreira em Campinas.

— A família... Não conseguia viver sem meus pais por perto — afirma o jogador.

Aos 20, com dois anos de curso superior em Farmácia, em Araraquara, Jonas tinha ótimas notas. O treinador Donizetti, outra vez em nome do Guarani, voltou a insistir em tê-lo em seu time.

—  O treinador sugeriu que eu trancasse minha matrícula por um ano e tentasse — conta.

Jonas foi inscrito no último ano da categoria de juniores do Bugre. Não demorou seis meses para subir ao elenco profissional. Com pouco mais de um ano de clube, já era o vice-artilheiro da Série B de 2005, um campeonato que seria marcante para seu futuro clube, o Grêmio, que naquele ano garantiu retorno à elite nacional.

Sua trajetória com o time ainda demorou um pouco a emplacar. Depois de duas temporadas inconstantes no Santos, aonde chegou respaldado por Vanderlei Luxemburgo, ele foi vestir a camisa tricolor em 2007. Terminou o Brasileiro daquele ano com três gols em 12 jogos e acabou emprestado em 2008 para a Portuguesa, pela qual fez dez gols em 28 jogos e passou a ter destaque. Ainda assim, sua presença no elenco gremista no ano passado não era certa.

— Tive de disputar posição. Aos poucos, me deram uma sequência de jogos e comecei a ir bem. Acho que no meu caso, por não ter feito base nenhuma, por ter chegado tarde, seria normal essa demora.

O desempenho de Jonas em 2010 é o vem chamando atenção. São 19 gols em 25 jogos, quase o dobro de seu concorrente mais próximo, o corintiano Bruno César, com dez. Foi o artilheiro do time no Campeonato Gaúcho e na Copa do Brasil, respectivamente com 11 e oito gols. Após a chegada do técnico Renato Portaluppi, o camisa 7 marcou 14 gols em 12 jogos.

— Com a chegada dele, continuei a crescer muito. Todo mundo está adorando trabalhar com o Renato. O Grêmio acertou em cheio. Ele conversa sempre sobre posicionamento, sobre as características que cada jogo pede, o que fazer próximo da área. Nada melhor do que aproveitar essa experiência.

Renato pode perder a colocação no ranking de artilheiros do Grêmio para o atacante de 26 anos.

— O Renato brinca... Já vi ele falar que está torcendo para que eu faça mais, mas, para passá-lo, só se for mesmo em número de gols, porque o resto não tem como — afirma o atacante.

Jonas sabe que, quanto mais contribuir para vitórias de seu time até o final do campeonato, talvez entrando na briga por vaga na Copa Libertadores, uma possível vaga na Seleção Brasileira pode se aproximar. Seria a ocasião para reencontrar Mano Menezes, com quem trabalhou no time gaúcho, ainda que por pouco tempo.

— Quero fazer vários gols nesta sequência. Acho que é o caminho. Fazer o maior número de gols. Ficaria muito feliz, pois agora, com jogos só de final de semana, as defesas ficam mais duras. Todo mundo sonha em ser convocado um dia para a Seleção. É difícil chegar a esse nível, porque são muitos jogadores pelo país e pela Europa. Caso possa voltar a trabalhar com Mano, seria um prêmio —

O atacante afirma que tem fôlego para muito mais e, quem sabe, dobrar o total de gols do ano passado.

 
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