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 | 11/10/2010 23h28min

Luxemburgo: "Voltei a trabalhar porque era o Flamengo"

Técnico diz que não queria assumir outro clube em 2010

Novo técnico do Flamengo, Wanderley Luxemburgo foi o convidado de Galvão Bueno no programa "Bem, Amigos!", do canal por assinatura Sportv. E entre outros assuntos, o técnico faltou sobre o seu retorno ao clube carioca e porque aceitou o convite para assumir o time, apesar do risco de rebaixamento. Confira abaixo alguns trechos da entrevista.

Reciclagem
"Comecei a fazer um retrospecto analisando minha carreira. O Flamengo tem um problema de sair do campeonato de maneira digna e montar um time para frente. É meu clube de coração. É uma oportunidade com a Patrícia de alguma coisa pelo futebol. Nosso local de trabalho agora é o centro de treinamento para os jogadores. Para todos se acostumarem, os atletas, a imprensa. Resolvi que era o momento de volta ao Rio de Janeiro. O Flamengo é o Flamengo. Eu não sabia dos 100 jogos. Me surpreendi quando o repórter me perguntou."

Convite do Flamengo
"Voltei porque era o Flamengo. Não tinha intenção de trabalhar até o fim do ano. Queria curtir um pouco a família, meu último neto. O Zico me ligou e disse: 'Wanderley, nós estamos com problemas e queremos saber de você. O Silas deu uma entrevista que criou uma área de atrito'. Eu disse: 'Tudo bem, vou conversar com a minha esposa para rever as coisas'. Depois falei com o Isaías Tinoco: 'O Flamengo precisa decidir se quer mandar o Silas embora ou mantê-lo. Não pode me usar para tomar essa decisão. Se ele não continuar, nós podemos conversar'. Ele foi demitido e o pessoal me ligou. Conversamos e deixamos o contrato acertado."

Mudança para balançar o elenco
"Essa mudança do time ocorreu já na mudança da minha apresentação. Eu olhei para tudo que estava acontecendo. O Flamengo precisava de uma mexida com todos os flamenguistas. Com o jogador, torcedor, com a mídia. Então, eu não tive apresentação. Foi trabalho. Foi treinar para criar uma situação diferente. Se fosse normal, seria aquilo: apresenta, vai para o Salão Nobre. Então fui fazer diferente. Vou lá para o treinamento, dou o treino depois eu falo com a imprensa."

Planos para o futuro na Gávea
"Pretendo me dedicar 24 horas ao clube. Quero ter um escritório, inclusive. Pretendo ajudar o Flamengo a dar um upgrade. Eu não aceito que o maior clube do Brasil não possua um CT. Esse que temos passará por reformas, mas precisa ser referência. O local pode servir para uma seleção na Copa de 2014. Assim que o Flamengo precisa pensar"

Empresários no futebol
"Os empresários estão nadando de braçada em cima dos clubes na interpretação da Lei Pelé. Os dirigentes, que deveriam dominar a questão, não estão. Existem empresários honestos e desonestos. Alguns se dizem parceiros dos clubes, mas no papel acaba sendo diferente, pois os clubes estão falidos. Vamos ver daqui há cinco anos. Se o empresário tem direito a 20% do lucro, deveria pagar o mesmo percentual de salário. Isso seria o ideal."

LANCEPRESS
 
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