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 | 02/10/2010 17h38min

Renúncia de Zico reflete realidade do futebol brasileiro

Ídolos da dupla Gre-Nal já passaram por problemas em cargos de diretoria

A renúncia de Zico do cargo de diretor-executivo do Flamengo mostra a dura realidade do futebol brasileiro. Nos clubes onde se tornaram mitos, ex-jogadores não conseguem reproduzir fora de campo o sucesso que tiveram dentro das quatro linhas.

Na dupla Gre-Nal, muitos ídolos passaram por esse desafio. No Olímpico, jogadores que deixaram as pegadas na Calçada da Fama por marcas alcançadas quando atletas, sucumbiram como treinadores.

Capitão nas grandes conquistas em 1983, Hugo De Léon foi técnico do Grêmio no começo de 2005. Na Série B, o clube vivia uma grave crise. Depois de um péssimo começo na Segunda Divisão e a eliminação precoce do Gauchão, o uruguaio abandonou o cargo e nunca mais treinou equipe alguma.

Em 2004, ano da segunda queda gremista para a Segunda Divisão, o Grêmio teve quatro treinadores. Um deles era Cuca, meia tricolor na década de 80.

Edinho, líder do time campeão da Copa do Brasil em 1989, treinou o Grêmio em 1998. Lanterna do Brasileirão, foi substituído por Celso Roth, que acabou levando a equipe às quartas de final da competição.

Outro grande ídolo da nação tricolor que passou pelo clube como treinador foi Adilson. O "Capitão América" conseguiu livrar o Tricolor do rebaixamento em 2003, mas sua passagem pelo Estádio Olímpico também ficou marcada pelo afastamento do goleiro Danrlei e pelo terrível começo de temporada em 2004.

Pelo lado do Inter, os casos mais emblemáticos são os de Falcão e Figueroa. O chileno era cartola em 1996, quando o treinador Nelsinho Baptista deixou Porto Alegre para trabalhar no Corinthians. A solução encontrada pela diretoria na época foi conduzir o ídolo ao cargo. Depois da eliminação no Brasileirão com uma derrota para o rebaixado Bragantino, o ex-zagueiro retornou para o Chile.

O caso de Falcão foi um pouco diferente. Com um contrato de quatro anos com o Inter, acabou seduzido por uma proposta da seleção japonesa e ficou poucos meses como treinador do clube.

– Não dá para comparar meu caso com o do Zico. Ele saiu triste do Flamengo. Estava lá mais pelo afeto que tem com o clube. Muitas pessoas não respeitam nem o ídolo. Foi trabalhar no clube do coração e acabou se desgastando. Foi sofrida a saída dele – disse Falcão.

Parte da carta de Zico

"...Considero nesse momento que não é possível fazer no Flamengo aquilo que eu gostaria. Percebo que a minha presença não tem sido favorável e, desde a minha chegada, vem causando o descontentamento de muitas pessoas. Não há condições para eu continuar."

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