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 | 30/09/2010 11h27min

Bancários mantêm greve em Santa Catarina

Em Florianópolis, 65% dos trabalhadores de bancos públicos aderiram à paralisação

Atualizada às 15h17min

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Pelo segundo dia consecutivo, os bancários estão de braços cruzados em Santa Catarina. Os servidores se mantém em greve por tempo indeterminado. A categoria não aceitou a proposta de reajuste da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 4,29% e deflagrou a greve nacional na terça-feira à noite, depois de assembleias realizadas em várias regiões do país.

Até a quarta-feira à noite, segundo o secretário de formação política do sindicato dos bancários de Florianópolis e região, Artur Rafael Tempesta, 43 agências bancárias estavam fechadas na Capital. A expectativa é que o número aumente para 50 até a tarde desta quinta-feira.

Bancos de Criciúma, no Sul, Joaçaba, no Meio-Oeste, São Miguel D'Oeste e Chapecó, no Oeste, Itapema, no Litoral Norte, e Blumenau, no Vale do Itajaí, Joinville, no Norte, Grande Florianópolis aderiram á paralisação.

Na Grande Florianópolis, segundo o sindicato, cerca de 2,6 mil trabalhadores dos bancos públicos estão em greve - cerca de 65% da categoria.

Para esta quinta-feira, não há confirmação sobre quais agências devem funcionar. De acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os clientes podem consultar telefones e endereços de agências no site Busca Banco para se informar sobre o atendimento.

Com a paralisação dos serviços, os atendimentos a clientes em agências estão suspensos. Em várias agências, os caixas eletrônicos também não podem ser acessados.

De acordo com o sindicato, não há risco de os caixas em funcionamento ficarem sem dinheiro para atender aos clientes. Em Florianópolis, funcionam as centrais de autoatendimento nas ruas Nereu Ramos e dos Ilhéus, no Centro de Florianópolis. Os caixas de banco 24 horas também funcionam em todas das cidades.

Conforme a Fenaban, a greve ocorre no início do mês, quando os bancos atendem maior público para o pagamento de salários e de aposentados e pensionistas do INSS que recebem o benefício pela rede bancária. A entidade e os bancos devem adotar medidas legais para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências e postos bancários, e não prejudicar o pagamento dos clientes.

Reivindicações

Os bancários dizem que só voltam às atividades se houver acordo com a Fenaban. Eles reivindicam reajuste salarial de 11%, abertura de concurso público para os bancos públicos, mais contratações para as agências privadas, participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche, pisos maiores, auxílio-educação para todos, segurança contra assaltos e sequestros e melhores condições de trabalho.

Segundo a Fenaban, os grevistas abandonaram a mesa de negociações, apesar de a Federação ter garantido reposição da inflação a fim de negociar aumento real. A entidade diz também que aceita discutir os benefícios da convenção coletiva, inclusive a participação nos lucros e resultados.

Ainda conforme a Federação, os bancários vêm recebendo aumento real, acima da inflação, todos os anos, desde 2004, e contam com a melhor convenção coletiva de trabalho do país, a única de âmbito nacional e garantia de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A entidade aponta também que os bancários têm a maior lista de benefícios, incluindo a menor jornada de trabalho do país, de seis horas e cinco dias por semana (30 horas semanais, enquanto a jornada legal para outras categorias é de 44 horas semanais).

Alternativa para clientes

Quem precisa retirar dinheiro ou pagar contas pode recorrer às lotéricas e terminais de autoatendimentos "autônomos", situados fora das agências bancárias, em shoppings e postos de combustíveis.

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