Rafael Sobis, 25 anos, está no seu Audi A5, no estacionamento do Beira-Rio. Recém chegara do hospital Mãe de Deus, onde se submetera a um exame de ressonância magnética. Porta do motorista aberta, uma perna no carro, a outra do lado de fora. Nisso, sai Edu do vestiário. Os dois foram companheiros também no Betis, da Espanha. Edu cumprimenta o amigo e vai logo perguntando:

— E aí, meu: o que deu aí?

Sobis elabora um silêncio e resume, com expressão de pesar:

— Abriu.

Falavam do músculo da coxa direita do atacante bicampeão da América. O resultado oficial só será divulgado hoje, mas Sobis já sabe que "abriu". Sua experiência indica um mês de molho. Está chateado, não triste.

Depois de duas cirurgias no mesmo joelho, a segunda durante a recuperação da primeira, rasgar o músculo é moleza. Sem falar que podia ter acontecido antes da final da Libertadores. Teve sorte, portanto. Há tempo até o Mundial.

— Eu estava bem, quase entrando no ritmo ideal e aí... É f...... — suspira Sobis. — Mas minha recuperação é rápida. Não duvido que rapidinho esteja de volta.

Então, é isso: "abriu".

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