Numa noite em que não faltou emoção, o armador Espiga, da Araldite/Univille, entrou em quadra como atleta profissional de basquete pela última vez. A festa ocorreu no último sábado, no ginásio Ivan Rodrigues, e foi acompanhada por cerca de mil espectadores.

Em jogo festivo, o novo grupo do Joinville, já com os reforços da temporada 2010/11, enfrentou um selecionado de Amigos de Espiga, a maioria ex-atletas. O placar foi de 99 a 77 a favor da Araldite/Univille. O protagonista do confronto jogou um tempo em cada equipe.

O resultado era o que menos importava. Todos foram ao ginásio para aplaudir Espiga, peça fundamental da equipe por cinco anos e que agora se firma como auxiliar do técnico Alberto Bial e treinador das categorias de base.

O jogo foi interrompido em duas oportunidades. A cinco minutos do fim do segundo quarto, as luzes se apagaram e Espiga assistiu a um vídeo, que contava parte da sua história profissional e de vida e trazia depoimentos de familiares e amigos.

A três minutos do fim do jogo, foi a vez de Espiga presentear um dos sócios torcedores do Basquete de Joinville com a última camisa que vestiu como jogador. Na sequência, a esposa Cláudia entregou ao marido a mesma camisa, enquadrada num suporte de vidro.

— Nessas horas nem tem muito o que falar. Não devemos falar sobre momentos como esse, mas curtir e sentir com a máxima intensidade possível. Foi tudo perfeito. Agradeço aos torcedores que vieram ao ginásio e a todos que, de alguma forma, contribuíram com o evento —, comentou Espiga.

Além da homenagem a Espiga, o evento serviu para proporcionar o primeiro contato dos novos contratados com a torcida de Joinville.

— É bem melhor estrear sem pressão. Por mais experiência que tenhamos, sempre dá um frio na barriga e um certo medo de errar. Da próxima vez que voltarmos a jogar no Ivan, estaremos mais tranqüilos —, analisou o pivô Coloneze.