O Inter está em crescimento desde 2006, quando conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez. A marca do clube se consolidou e o departamento de marketing explorou o título – e o Mundial em dezembro – para arrecadar recursos, vendendo produtos e inflando o quadro social. Veio o bi da América, e com ele uma chance de fazer o Colorado crescer ainda mais. O vice-presidente de finanças Pedro Affatato garante que a diretoria, agora mais experiente, fará o clube arrecadar quatro vezes mais em relação a 2006.

– O Inter está mais estruturado que da primeira vez e, com certeza, planejamos arrecadar no mínimo quatro vezes mais. Pretendemos ter um acréscimo significativo no quadro de sócios. É um objetivo. Em cima disso que trabalhamos: um aumento do quadro social, dos produtos e da área de marketing, e a valorização da marca. É o que queremos – diz o dirigente em entrevista à Rádio Gaúcha.

Affatato ressalta a necessidade de saber transformar o bom momento em dividendos. Ele lembra que os valores recebidos pela Conmebol e pela Fifa, como premiação pelo título da Copa Libertadores e pela participação no Mundial, não são significativos, e se diluem nos custos com a logística para os campeonatos e a premiação dos jogadores.

– O que significa mais para o clube e, na verdade, traz mais resultados, é que o fato de que estamos participando destes grandes torneios faz com que a nossa marca fique mais valorizada. Com a estrutura que temos, conseguiremos tirar dividendos disto – explica.

Affatato informou que o Inter ganhou pouco mais de R$ 2 milhões pelo título da Copa Libertadores, valor que acabou cobrindo as despesas com as viagens pela competição e os prêmios dados aos atletas. Para participar do Mundial de Abu Dhabi, o clube ganha cerca de US$ 3 milhões, valor que pula para US$ 7 milhões se a tendência da ida à final se concretizar.

– Não temos condições de pegar estes valores para investir. São custos que diluímos para participarmos do evento, deslocamento, hospedagem... É muito caro mesmo – pondera o dirigente.