Com mais um grande desempenho de Andre Brasil e Daniel Dias, o Brasil garantiu, na sexta-feira, a quinta colocação no quadro de medalhas do Mundial Paraolímpico de Natação, que termina neste sábado, com a prova de 5km em águas abertas, em Eindhoven, Holanda.

Os dois nadadores brasileiros voltaram a vencer suas provas e a bater recordes mundiais, ajudando o país a terminar a competição no quinto lugar, com 26 medalhas, sendo 14 de ouro, três de prata e nove de bronze, igualando o número total de medalhas de Durban 2006, porém com dois ouros a mais.

Daniel termina sua participação no Mundial com oito ouros e uma prata, além de cinco recordes mundiais, enquanto Andre venceu cinco provas e conseguiu dois segundos lugares, batendo três recordes mundiais.

A outra medalha de ouro do Brasil foi conquistada por Edênia Garcia, nos 50m costas (S5), na última terça-feira. com o resultado, a nadadora se sagrou tricampeã mundial da prova. à frente do Brasil, ficaram as delegações de Ucrânia, Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha.

Andre Brasil se prepara para disputar o Pan de Guadalajara

O primeiro ouro da sexta-feira veio com Andre Brasil, nos 100m costas, prova em que o nadador não depositava muita esperança, garantindo que entraria na água apenas para se divertir. No entanto, Andre bateu o recorde mundial, com o tempo de 1m00s55.

- Quando bati na borda da piscina e vi que ganhara, e com aquela marca, foi sensacional. Uma vitória até mais gostosa. Termino a competição com a cabeça erguida por um trabalho bem realizado. Se compararmos com Pequim, eu ganhei uma medalha a mais. Estou perto de realizar o meu sonho, que não revelo para ninguém - disse Andre, que planeja competir nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara para atletas convencionais, já que seu melhor tempo está entre as dez melhores marcas do Brasil.

Mais sorridente do que o normal, Daniel, que bateu o recorde dos 100m livre, com 1m10s24, afirmou que cumpriu seus objetivos e resumiu de forma simples a sua participação e da equipe brasileira:

- A competição foi muito boa para mim e para o Brasil, que continua mostrando evolução. Conquistas como as minhas e as do Andre mostram que nada é impossível - disse.

Mesmo antes das medalhas de sexta-feira, no intervalo entre as eliminatórias e as finais, Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, já comemorava o desempenho do país na competição.

País cumpre meta traçada pelo CPB

- A meta era repetir o quinto lugar, e conseguimos, aumentando o número de medalhas de ouro. Isso representa muito, pois o esporte paraolímpico evoluiu demais. O resultado mostra que estamos crescendo de forma consistente, com uma seleção com atletas mais experientes e jovens que têm tudo para trilharem um belo caminho até 2016 - declarou Andrew.

Parsons também lembrou que a natação foi responsável por 50% das medalhas do Brasil nos Jogos Paraolímpicos de Pequim.

- Sabemos da importância da natação para alcançar nosso objetivo de subir de nono para sétimo lugar nos Jogos Paraolímpicos em Londres, e não estamos poupando esforços – concluiu.

LANCEPRESS