A falta de chuva e o vento forte são as principais causas para o aumento de 280% dos focos de incêndio na Grande Florianópolis em relação a agosto do ano passado, que teve um tempo mais úmido. O número de chamadas atendidas pulou de 11 para 31.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o tempo seco favorece a propagação do fogo. Provocar incêndio na vegetação é crime ambiental, sujeito a pagamento de multa, e dá cadeia: a pena varia de dois a quatro anos de prisão.

O tenente Roberto Weingartner, comandante de área do Corpo de Bombeiros, afirma que as ocorrências de incêndio variam conforme a mudança do clima. Quanto mais seco, maior é a probabilidade.

O vilão não é "São Pedro que não manda a chuva", mas o homem que, normalmente, provoca as condições para que o fogo se alastre na vegetação de florestas ou nas áreas urbanas.

— Quando o tempo está seco, qualquer toco de cigarro tem potencial para causar um incêndio de grandes proporções. Quando se adota o péssimo hábito das queimadas, na zona rural, o perigo de o fogo fugir do controle é muito grande.

Weingartner alerta que o perigo se torna maior nas áreas de difícil acesso, como em mangues (a vegetação abaixo da superfície é úmida, e acima, seca), e morros.

A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) irá analisar as áreas de queimadas, onde ocorreu o aumento de 280% em relação ao mesmo período do ano passado, para verificar se houve perdas ambientais.

O diretor de fiscalização da Fatma, Jânio Wagner Constante, lembra que provocar incêndio é crime previsto em lei. Quando é intencional, a pena varia de dois a quatro anos de prisão e multa. Se for culposo (quando não há a intenção), a pena é de seis meses a um ano de prisão e multa.