| 09/08/2010 09h53min
Se Éderson passar por ruas de qualquer grande cidade do Brasil, poucos torcedores reconhecerão o meio-campista, destaque do Lyon, equipe que dominou o futebol francês na última década. O jogador, de 24 anos, foi uma das surpresas de Mano Menezes em sua primeira convocação. A falta de reconhecimento no Brasil, segundo Éderson, não é um problema. E, sim, uma virtude.
Nascido em Parapuã, Interior de São Paulo, o jogador teve sua primeira chance pelo RS Futebol, de Alvorada. Depois de uma passagem apagada pelo Inter, também nas categorias de base, ganhou oportunidade no Juventude. De Caxias, se transferiu para o Nice, clube em que se destacou e acabou sendo contratado pelo Lyon.
– Sou mais conhecido na França do que no Brasil. Isso, às vezes, é bom. Quando volto para casa, posso sair tranquilo – lembrou o meio-campista, que deve começar o amistoso contra os EUA, nesta terça-feira, no banco de reservas.
Questionado se ganha status de imprescindível para Mano Menezes por ter sido chamado logo na primeira convocação, Éderson desconversa.
– Independente de que seja a primeira ou não, acho que o importante é estar treinando e jogando bem, não tem vantagem ou desvantagem. Estar na Seleção é uma alegria para qualquer jogador – afirmou o jogador, que lembrou ter sido mais um torcedor brasileiro durante a última Copa do Mundo, na África do Sul.
Para o atleta, vestir a única camisa cinco vezes campeã mundial não é para qualquer um.
– Quero dar o máximo em cada treino, em cada jogo. Ser muito profissional. Estar na Seleção Brasileira é um privilégio para poucos. Temos de jogar com alegria, ganhar e jogar bem. Importante para dar sequência. Durante a Copa estava assistindo como torcedor e esperando que o Brasil ganhasse. Mas eu como jogador profissional sempre trabalhei para chegar na Seleção Brasileira. Estou tendo essa oportunidade, bem feliz e vou procurar aproveitar mais – finalizou o meio-campista.
Estádio da estreia de Mano deve ter lotação máxima
O palco da estreia de Mano Menezes na Seleção Brasileira deve estar repleto de torcedores nesta terça-feira, no amistoso contra os EUA. Dos 82.500 lugares disponíveis, mais de 60 mil já estão ocupados.
A empolgação pelo bom momento dos norte-americanos no futebol, somado à forte presença de brasileiros na cidade de Nova Jersey, deve lotar as dependências do New Meadowlands Stadium. O estádio, aliás, é a prova de que a emoção não pode ser maior do que a razão quando os assuntos são custos e lucros. O palco do amistoso será usado por New York Jets e New York Giants, dois dos clubes de maior rivalidade no futebol americano.
O estádio recém-construído pela New Meadowlands Stadium Company LLC em Nova Jersey custou cerca de US$ 1,6 bilhão (R$ 2,8 bilhões). Sua inauguração foi no último dia 10 de abril, durante a Big City Classic, um torneio de lacrosse (esporte típico do país) - a abertura oficial do palco pelos rivais será no dia 16 de agosto.
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