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Geral  | 03/08/2010 05h37min

Profissionais acompanharam neve da janela do hospital

Vigia contou como foi acompanhar o fenômeno na noite de ontem

Uma médica, duas enfermeiras e duas pacientes. Foi com esta parceria e sob temperatura que ouviu pelo rádio ser de 2ºC que o vigia Gilson de Macedo Silveira espreitava pela janela do único hospital de Cambará do Sul a neve que caía à 0h5min de hoje.

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Mais precisamente era de uma das janelas próxima à porta principal da Fundação Hospital São José que ele jurou ver flocos leves brancos caírem desde às 22h. 

— A neve vai e volta há umas duas horas. Enfraquece, cai uma garoa e começa de novo. Por isso não acumula nem deixa tudo branco no chão — descreveu Gilson por telefone.

Morador de Cambará do Sul desde que nasceu há 39 anos, Gilson não sabia precisar desde quando não nevava na cidade. Calcula que há cinco anos ou mais. Desde guri na friagem da Serra gaúcha aprendeu a diferenciar à sua maneira neve de geada. As duas muita frias.

— A neve é tipo bolinha de algodão. Ela não cai com força. Flutua no ar. Não é fria que nem a geada — conta Gilson.

A geada, segundo ele, tem um frio mais rápido. A neve demoraria mais “para esfriar”. A diferença de velocidade de esfriamento apenas retarda o efeito que os dois fenômenos produzem.

— Na geada, encaranga logo. Na neve, quando vê, está encarangado — ensina o vigia.

Médica não sabia da neve

Se o vigia Gilson parecia medir pela janela do hospital em que trabalha no centro de Cambará do Sul as variações de quantidade, como um meteorologista, a médica plantonista da Fundação Hospital São José, não sabia que lá fora a neve caía pela primeira vez no Rio Grande do Sul neste inverno. Tatimar Valim Pinto, 26 anos, cumpria seu habitual plantão e atendia pacientes de rotina.

Segundo ela, ontem à noite, apenas duas pacientes estavam internadas. E nenhuma das duas era caso de pessoas afetadas pelo frio. Eram duas idosas. Uma com câncer e outra que acabara de chegar e ainda estava sendo examinada. Há sete meses em Cambará do Sul, Tatimar é natural de São Francisco de Paula. Também na Serra e também fria no inverno. Acostumou-se a ver neve na infância e na adolescência. A ponto de nem ter percebido neve em Camabará.

— Não sabia mesmo. Estava ocupada com consultas — disse ela.


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Meteorologista não descarta mais neve

Mesmo não estando nas previsões para a noite de desta segunda-feira e para a madrugada da terça, as condições atmosféricas e a temperatura em queda criaram condições para um episódio isolado de neve, como o que ocorreu em Cambará do Sul, explica a meteorologista Estael Sias.

— A presença de nuvens baixas combinadas com o frio intenso da região criaram as condições para a formação do fenômeno. Não é possível dizer que ocorrerá novamente, mas eu não descartaria outros episódios pelas baixas temperaturas na região e pela nebulosidade que vemos no mapa — explica Estael.

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