Há exatamente um ano, Felipe Massa passava pelo maior drama de sua vida. No dia 25 de julho de 2009, o piloto brasileiro disputava a segunda etapa do treino classificatório para o Grande Prêmio da Hungria quando foi acertado por uma mola que se soltou do Brawn de Rubens Barrichello. Desacordado, Felipe virou passageiro de sua Ferrari, que bateu de frente na proteção de pneus. As semanas seguintes seriam de muita apreensão, mas no fim deu tudo certo para Felipe, que não sofreu sequelas.

No impacto da mola, que pesava 800 gramas e media 12 centímetros, Massa sofreu fratura na testa e, por isso, teve de passar ainda no dia do acidente por uma cirurgia no Hospital Militar de Budapeste. O piloto foi levado ao estado de coma induzido e, naqueles primeiros dias após o acidente, versões desencontradas eram divulgadas pelas agências de notícias. Chegou a ser publicado que Massa corria o risco de ter a visão do olho esquerdo afetada, o que o impediria de voltar a pilotar.

Nove dias após o acidente, porém, o piloto deixou o hospital de Budapeste caminhando e embarcou para o Brasil. Ao chegar a São Paulo, Massa foi diretamente para o Hospital Albert Einstein, onde passou por uma série de exames que descartaram a necessidade de uma nova cirurgia. Nessa fase, quem teve um papel muito importante foi o médico particular do piloto, Dino Altmann, que conduziu todo o processo de recuperação.

No dia 28 de setembro, Massa voltou a pilotar um kart no kartódromo da Granja Viana, em São Paulo. Em 6 de outubro, Felipe visitou a sede da Ferrari, onde começou a treinar em um simulador. Seis dias depois, Massa andou num modelo de F-1 de 2007 na pista de Fiorano. Mas o momento mais feliz do piloto nesse período aconteceu em 30 de novembro, quando o filho Felipinho nasceu, um dia após Felipe vencer uma das baterias do Desafio das Estrelas de kart.

Totalmente refeito do acidente, Felipe participou de toda a pré-temporada da Ferrari e logo na primeira corrida do campeonato ficou em segundo lugar no GP do Bahrein. Na corrida seguinte, na Austrália, outro pódio com um terceiro lugar. Massa assumiria a liderança do Mundial com um sétimo lugar na Malásia, mas nos GPs seguintes teria dificuldades para aquecer os pneus nas classificações devido ao seu estilo de pilotagem e, com isso, cairia para a oitava posição na tabela.

Mesmo com essas dificuldades, só de estar pilotando sua Ferrari em boas condições físicas e técnicas, Felipe Massa pode ser considerado um vencedor. Afinal, poucos na história do esporte conseguiram se recuperar tão bem de um acidente de tamanha gravidade.