Na primeira temporada na Fórmula-1, é comum os pilotos encontrarem dificuldades. De fato, a situação das novatas na F-1 não permite buscar posições entre os 10 primeiros colocados - e este é o caso da Virgin Racing, equipe defendida pelo alemão Timo Glock e pelo estreante brasileiro Lucas Di Grassi. Em 10 corridas disputadas até agora na temporada 2010, o aproveitamento de Lucas é de 50% (cinco corridas completadas), com o 14º lugar na Malásia e o 17º no GP da Europa, em Valência, como melhores resultados. Os números podem parecer discretos, mas o desempenho do brasileiro, por exemplo, tem rendido elogios do diretor-técnico da equipe, o projetista Nick Wirth.

– Posso parecer tendencioso, mas acho que ele tem tudo para ser o melhor estreante do ano se você olhar seu desempenho dentro do carro – destacou Wirth referindo-se ao brasileiro, que apesar de não ter pontuado, tem completado mais corridas - e em melhores colocações - do que seu companheiro Timo Glock, que tem três pódios na Fórmula-1 em temporadas anteriores. As declarações foram concedidas ao site inglês Autosport, uma das principais páginas sobre automobilismo no mundo.

– Ele é muito concentrado e está fazendo um trabalho fantástico. A desvantagem de Lucas é que ele é um pouco mais pesado que o Timo. Para todas as equipes novatas, a questão do peso é um problema, então ele ainda luta contra isso. Mas é um problema da equipe com o carro, não do piloto, e estamos trabalhando duro em cima disso – afirmou em entrevista ao site da revista inglesa Autosport.

Di Grassi diz que sua adaptação ao ambiente e às exigências da categoria está fluindo naturalmente.

– Cada vez que entro no carro, sinto que estou evoluindo. A Fórmula-1 é muito complexa, e você tem que lidar com situações de estratégia em treinos, estratégia de corrida, como otimizar o uso dos pneus, como guiar em determinadas condições, como melhorar o acerto do carro, entre outras coisas. Esta temporada tem sido de um aprendizado valiosíssimo e temos ambos melhorado, eu como piloto e a Virgin como equipe – comentou.

– Estreamos um grande pacote de evoluções na Inglaterra, e a equipe está trabalhando na redução do peso do carro. Então, acredito que estaremos melhor nas próximas corridas em termos de performance – falou o brasileiro.

Opinião compartilhada pelo projetista do VR-01:

– Creio que Lucas já poderá ter o carro no limite de peso antes do final da temporada européia, porque já temos planejado um trabalho de reduzir o peso de vários componentes – destacou.