| 15/07/2010 14h12min
O Barcelona justificou nesta quinta-feira o empréstimo de € 155 milhões (R$ 350,4 milhões) que foi obrigado a tomar para sanar dívidas. A surpresa foi que, entre as pendências do clube, havia até atrasos de salários de jogadores – algo remanescente da gestão de Joan Laporta, que deixou o cargo este mês após a eleição de Sandro Rosell.
Do valor total recebido, € 61 milhões (R$ 137,9 milhões) serão destinados a novos financiamentos, referentes a pagamentos de atletas e outras dívidas que estavam em atraso desde o dia 30 de junho.
– Mas apenas os jogadores foram afetados – explicou o vice-presidente econômico do clube, Javier Faus, negando que os demais funcionários também estivessem sem receber.
O restante do empréstimo será dividido: € 79 milhões (R$ 178,6 milhões) serão utilizados para refinanciar a atual dívida bancária do Barça, enquanto os outros € 15 milhões (R$ 33,9 milhões) são referentes a garantias financeiras já apresentadas a credores.
O clube terá cinco anos para pagar o empréstimo – serão € 31 milhões (R$ 70,1 milhões) por temporada, além dos juros. Foi dado como aval financeiro o valor arrecadado com as mensalidades dos sócios. A partir do terceiro ano, o Barcelona poderá renegociar uma nova garantia.
Para honrar o compromisso, o clube passará a ter um controle ainda maior sobre seus gastos. Segundo Faus, ficou acertado um "plano de austeridade com os bancos."
– Teremos de gastar e investir com rigor e racionalidade – explicou Faus.
A nova filosofia, no entanto, não impedirá que o Barça faça novas contratações. No plano do clube para os próximos anos, está previsto o investimento de 50 milhões de euros (R$ 113 milhões) em reforços por temporada.
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