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 | 07/07/2010 12h51min

Gallas culpa Domenech pela crise da seleção francesa na Copa

Zagueiro critica esquema do treinador e aponta falha na comunicação

Em entrevista à revista francesa Les Inrockuptibles, o zagueiro Gallas falou sobre os problemas com o técnico Raymond Domenech durante a Copa do Mundo. Além de criticar o esquema tático usado pelo técnico, o jogador explicou o boicote ao treino e afirmou que não havia problema de relacionamento entre os jogadores. O motivo da crise, na avaliação do atleta, era a falha de comunicação entre o plantel e o treinador.

– Domenech não estava aberto ao diálogo. Muitos jogadores não podiam falar com ele, o que era o meu caso. Ele dizia que tínhamos que escutar, que havia um diálogo, mas, no fim, ele tomava as decisões sozinho. O que dizíamos não era levado em consideração. Então, a partir de um certo momento, não falávamos mais. Eu apenas escutava e fazia o que ele me dizia – revela o zagueiro.

Gallas desaprova o esquema tático usado por Domenech. Segundo o jogador, após o fracasso na Eurocopa 2008, em que a França não passou da primeira fase, o técnico insistiu em continuar com o 4-3-3, com apenas um atacante à frente, quando deveria ter testado a equipe com dois homens de frente. Gallas afirmou que foi esse esquema que dificultou a classificação da França para as oitavas de final.

– Você pode ter os melhores jogadores do mundo na sua equipe, mas se você não tem o treinador adequado, não terá resultados.

Sobre o boicote ao treino após a exclusão do atacante Anelka da seleção, Gallas disse que a decisão foi tomada em conjunto, por todos os jogadores:

– Nos reunimos e todos queriam protestar sobre a decisão do técnico e da Federação (Francesa de Futebol).

Gallas negou o boato de que Gourcouff havia sido marginalizado pelo grupo e ressaltou que o clima entre os jogadores era muito bom e que não havia "panelinhas". Ele confirma que alguns atletas tinham mais afinidades com uns do que com outros, mas garante que não havia divisões.

Domenech e Gallas também se desentenderam quanto à substituição de Henry como capitão da equipe. Na entrevista, o zagueiro afirma que sempre foi o vice-capitão do time, mas, quando Henry foi para a reserva, Domenech passou a função ao lateral Evra.

– O mais difícil foi a maneira como perdi a braçadeira de capitão. Domenech não me disse nada. Descobri por acaso, antes do jogo contra a Costa Rica, que o capitão era Evra. Percebi isso quando entrei no vestiário e vi a braçadeira e a flâmula penduradas com o uniforme do Evra – declarou o francês.

Sobre seu futuro na seleção, agora sob o comando do técnico Blanc, Gallas disse ter vontade de continuar defendendo a camisa dos Bleus, mas que isso deverá ser decidido de acordo com o que os jogadores mostrarem em campo.

LANCEPRESS
 
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