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 | 06/07/2010 17h32min

Prefeito de São Paulo pedirá à Fifa revisão do veto ao Morumbi

Kassab também fala na viabilidade do projeto para construção de um novo estádio

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, falou nesta terça-feira em Johannesburgo sobre o projeto da cidade para a Copa do Mundo de 2014. Segundo o político, ainda haverá um último pedido pelo Morumbi. Mas ele já fala na viabilidade do projeto do Piritubão e até em descartar a abertura do Mundial na capital paulista.

– Ainda não posso descartar o Morumbi, pois meu coordenador (o governador Alberto Goldman) ainda fará um último apelo. Depois sim, poderemos falar em novo projeto.

Segundo o prefeito, o projeto do Piritubão pode ser apresentado como alternativa. Mas precisaria ser adaptado para receber a abertura da Copa.

– É um projeto de uma arena multiuso, com capacidade para 50 mil pessoas. Para receber a abertura, teríamos que ampliar o estádio em mais 15 mil lugares. E precisaríamos que a iniciativa privada bancasse o custo da obra – avisou.

Por fim, o prefeito admitiu a possibilidade de São Paulo desistir da abertura da Copa:

– Por todas as dificuldades que existem, poderemos desistir desta ideia. Existem outras boas cidades no Brasil. O Maracanã poderia sediar a abertura e a final. Aqui na África do Sul foi assim. O Soccer City recebeu a abertura e a final.

Enquanto o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tenta reverter o veto ao Morumbi junto à CBF e à Fifa na África do Sul, o Comitê Organizador já considera um órgão público dando respaldo financeiro ao estádio do São Paulo.

– Para nós, o Morumbi ainda está na Copa. O jogo não acabou! Não abrimos mão da abertura. Os concorrentes podem não atender as exigências. E talvez o governo (do Estado) possa dar garantias bancárias ao São Paulo no BNDES – frisou o diretor de Comunicação e Turismo do comitê e da SPTuris (instituição cuja maior acionista é a prefeitura), Luiz Salles, em palestra na FAAP.

A insistência é por conta dos trabalhos já de três anos, especialmente de mobilidade urbana, focados no Morumbi. E como o São Paulo não abre mão da guerra política com as entidades esportivas, resta à prefeitura tomar à frente nas negociações.

– O São Paulo precisa também vestir as sandálias da humildade. No começo, brincou mesmo, com projetos e apresentações frágeis, deficientes. Tem muita política nesse meio da cartolagem, que tem de baixar a bola. Talvez estejam até esperando dinheiro da Fifa. Mas nós temos apenas cerca de dois anos e meio, considerando eleições e a movimentação política. O que é pouco para a construção de um novo estádio – explica Salles.

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