Pelé aproveitou o lançamento da pedra fundamental do seu museu, nesta quinta-feira, em Santos, para falar sobre a partida do Brasil contra a Holanda, nesta sexta, pelas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. O ex-jogador destacou a dificuldade do adversário, lembrou da derrota na Copa da Alemanha, mas mostrou-se confiante na vitória brasileira.

– É um jogo duro, mas o Brasil está bem. Eu acho que a defesa do Brasil é positiva e o que a Holanda tem de melhor é o ataque – disse Pelé. O segredo para vencer a Holanda? – Esse segredo eu sei, é fazer mais gols que eles – disse, completando que "se o Brasil ganhar de meio a zero está bom, o negócio é ganhar".

Sem comentar sobre os desfalques no time de Dunga para a partida desta sexta, Pelé afirmou apenas que a não convocação do meia santista Paulo Henrique Ganso é "assunto superado".

– Se fosse de acordo com a comissão técnica, (se a comissão técnica) entendesse que ele (Ganso) fizesse falta, ele já estaria lá, então esse é um assunto superado.

Já em relação aos próximos adversários na África do Sul, Pelé preferiu não optar por um ou outro e destacou apenas a importância do "pensamento positivo".

– Eu acho que a gente não tem que torcer contra ninguém, a gente tem que torcer a favor do Brasil porque o Brasil ganhando vai ter que enfrentar qualquer um na final.

Muito assediado na cerimônia que marcou no início das obras de seu museu, no Centro Histórico de Santos, Pelé afirmou que se falasse muito, choraria, e que aquilo é uma das coisas que mais pediu a Deus.

– Tudo que eu procurei fazer é deixar para as novas gerações alguma coisa que respeitasse o Brasil, o meu nome, uma coisa positiva pros jovens – disse ele, que ajudou a enterrar uma "cápsula do tempo" que deverá ser aberta em 30 anos, na comemoração do centenário de seu nascimento. Na caixa, havia mensagens, lembranças e os jornais do dia, entre eles as edições de "O Estado de S. Paulo" e do "Jornal da Tarde".