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 | 27/06/2010 15h19min

Após chuvas, moradores encontram casas tomadas por sujeira e lodo em Porto Alegre

Defesa Civil liberou os 109 desalojados a voltarem para suas casas na Zona Sul

A Defesa Civil liberou, na tarde deste domingo, todos os 109 desalojados pelas chuvas na zona sul de Porto Alegre a retornarem às suas casas, nos bairros Hípica e Ponta Grossa, onde choveu a média esperada para todo o mês de junho em 24 horas.

No bairro Ponta Grossa, a doméstica Isabete Guimarães, o marido Jocemar e os três filhos, com idades entre sete e 14 anos, haviam realizado o sonho da casa própria e se mudado para o novo lar na última quinta-feira. Dois dias depois, tiveram de deixar suas coisas para trás porque a água das chuvas de sexta-feira e sábado invadiram a residência e obrigaram a família a procurar abrigo na casa do irmão de Isabete.

Por volta das 3h de sábado, Isabete acordou os filhos e o marido para levantar os eletrodomésticos e tentar salvar uma parte dos bens da família. Conseguiram erguer a geladeira, que não estragou, mas a casa encheu de barro e os móveis foram atingidos pela água. 

—  O pouco que a gente tem, perder tudo assim é "brabo" — lamenta Isabete.

No domingo, a casa ficou sem abastecimento de água e a família precisou usar a água da chuva, que estava na rua, para fazer a faxina na residência. 

— Foi horrível. Entrei em casa e sofri uma decepção — diz a doméstica.











Para o vendedor Paulo Rogério Silva, 47 anos, o domingo ensolarado é de bastante trabalho. Ele, a esposa, os dois filhos e o genro tiveram de limpar a casa em que moram na Rua Dorival Castilhos Machado, no bairro Hípica, que está cheia de lodo e sujeira carregados pela forte chuva de sábado.

Nos seis anos em que mora na residência, a família já passou por outras duas situações como esta. Na noite de sábado, ao perceber que a casa começava a encher de lodo, os cinco moradores ergueram os móveis e eletrodomésticos e se refugiaram na casa de um vizinho.

— Quando a gente saiu, já saiu dentro de água. Quanto mais tempo fica, pior para sair. A gente foi para a casa de um vizinho, que foi solidário conosco, e ficou só assistindo a água encher a casa — relata o vendedor.

Em 2008, a família foi pega de surpresa e não conseguiu sair de casa e salvar seus bens. Agora, é preciso prever as inundações para mover os móveis.

— A gente levanta [os móveis] acima do que a gente acha que a água vai vir. Agora, vamos limpar, colocar tudo no lugar e amanhã tem que trabalhar — conforma-se Silva.

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