Com dois gols de falta, o Japão venceu a Dinamarca por 3 a 1 nesta quinta-feira no Estádio Royal Bafokeng, em Rustenburg, e garantiu vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo. Honda, Endo e Okazaki marcaram para os asiáticos e Tomasson, de pênalti, descontou para os europeus no final do jogo. Na próxima fase, o Japão mede forças com o Paraguai.

:: Veja como foi a vitória japonesa

O Japão volta às oitavas de uma Copa depois de oito anos. Em 2006, na Alemanha, a seleção anotou apenas um pontos e voltou para casa ainda na primeira fase da competição.

O JOGO

As duas seleções entraram em campo com o peso de uma decisão nas costas. Quem vencesse, ficava com a vaga. E o começo do jogo comprovou a sede de vitória das duas equipes. Nos primeiros 15 minutos, Japão e Dinamarca já haviam criado duas chances claras de gol cada uma.

Bola parada decide

Mas a sorte dos japoneses começaria a virar aos 18 minutos. O atacante Honda, grande nome da partida, soltou uma bomba de esquerda na cobrança e falta e fez 1 a 0. A bola fez um efeito típico da Jabulani e traiu o goleiro Sorensen.

A partir da vantagem no placar, o Japão tomou conta do jogo. Com uma forte marcação e um ataque rápido, os asiáticos não davam chance de reação para a Dinamarca.

:: Veja as estatísticas do jogo

Na maioria dos lances, o único recurso dos europeus era a falta. E em mais uma dessas bolas paradas o Japão aumentou. O goleiro se posicionou para o chute de Honda, que estava na bola, mas quem bateu foi Endo, no cantinho para fazer 2 a 0. A bela cobrança de falta deu ainda mais tranquilidade aos japoneses, que a essa altura teriam de sofrer uma virada para deixar a vaga escapar.

Chuveirinho não dá resultado

A Dinamarca precisava de três gols para seguir na Copa. A tática escolhida para o feito quase impossível foi a bola aérea. Os grandalhões Bendtner e Tomasson eram acionados de qualquer lugar do campo, mas poucas vezes conseguiam vencer a forte zaga japonesa. O brasileiro Tanaka ganhava todas, por cima ou por baixo.

Preocupado em manter o placar, o Japão se retraiu e chamou a Dinamarca para o seu campo. Na base do abafa, a equipe do técnico Morten Olson conseguiu um pênalti, aos 36 minutos, quando Agger foi agarrado dentro da área. Na cobrança, Tomasson bateu mal e o goleiro defendeu, mas a bola voltou nos pés do centroavante, que empurrou para as redes.

O técnico japonês promoveu a entrada de Okazaki no lugar de Endo. A troca deu certo e coube ao atacante fechar a conta depois de uma jogada genial de Honda. Com um drible desconcertante ele passou pelo zagueiro dinamarquês e rolou para Okazaki só tocar para o gol vazio.