| 18/06/2010 05h44min
Em amostra de seu poderio como presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa-14), Ricardo Teixeira, saiu ileso da troca de farpas entre os governos federal, estadual e municipal após exclusão do estádio do Morumbi da Copa-14.
Apesar de o motivo apresentada para a exclusão do Morumbi ter sido técnico, a briga política entre Teixeira e Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, foi decisiva.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter estranhado a decisão do COL e cobrou explicações das áreas municipal e estadual.
— Acho estranho (que o Morumbi não sirva para a Copa). Talvez seja uma exigência arquitetônica ou de engenharia. Mas, de qualquer forma, o governador de São Paulo e o prefeito de São Paulo vão ter que se manifestar a respeito — disse ontem Lula.
O comentário de Lula respingou sobre o candidato a presidente da República pelo PSDB e ex-governador José Serra (PSDB). Ao chegar ao aeroporto da capital do Piauí, Serra havia sido questionado sobre a questão do estádio, mas não quis comentar.
— O que vou falar do estádio? Estou em Teresina — disse José Serra.
Porém, mais tarde, dado a insistência no assunto, Serra falou sobre a Copa. Segundo ele, seu governo criou toda a infraestrutura necessária para que o estádio pudesse recepcionar partidas em 2014:
— Demos todas as garantias para fazer (as obras). Fizemos nossa parte. Toda a infraestrutura. Mas agora estaremos dispostos a apoiar aquilo que se decida fazer.
O governador em exercício de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), declarou que a decisão "da Fifa'' foi ruim, porém não criticou o COL.
— Achei uma decisão muito ruim tomada pela Fifa. Nós temos estádios, bons estádios, estádios que têm sido frequentemente utilizados — explicou Goldman.
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