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 | 15/06/2010 09h24min

Confira histórias de quando os jogadores da Seleção eram meninos

Zagueiro Lúcio pensou em largar o futebol e Maicon já foi dispensado

Moisés Mendes

Lúcio, o xerife da zaga, já telefonou pedindo socorro para a mãe. Maicon, o touro da lateral direita, já foi dispensado porque era frágil. Felipe Melo, o volante linha-dura, já precisou de terapia. Michel Bastos, o novíssimo lateral-esquerdo, já voltou para casa convicto de pendurar as chuteiras. As provações enfrentadas pelos 11 titulares de Dunga mostram como se forja um craque, da infância até o início da carreira profissional.

Quando Lúcio chorou, chorou e chorou

Exemplo de disciplina e bravura, o capitão da Seleção já foi um rapagão frágil e chorão. Tão frágil que, na noite do Natal de 1997, Lúcio telefonou chorando de Porto Alegre para Planaltina, no Distrito Federal, e pediu colo para a mãe, dona Olindina:

— Não agüento mais. Vou largar tudo e voltar.

Sabe-se que nunca voltou. Mas titubeou naquele Natal e por mais uma vez. Saiu de Planaltina com 19 anos. Foi contratado pelo Internacional, em agosto de 1997, depois que o seu time, o Guará, levou 7 a 0 no Beira-Rio em jogo pela Copa do Brasil. Deixou a cidadezinha chorando e veio morar sozinho em Porto Alegre.

Naquele 24 de dezembro em que pediu socorro, Lúcio, ainda júnior do Inter, havia sido acolhido, com outros colegas sem família no Estado, na casa de Maria Luiza Bitencourt, assistente social do clube. Maria Luiza não queria que os meninos passassem o Natal na concentração do Beira-Rio. Lúcio telefonou para casa. Dona Olindina conta:

— Ele ouviu a festa da família e bateu a saudade. Eu disse: Deus vai te dar força e tu vai realizar teu sonho.

Olindina da Silva Ferreira, separada do marido, sustentava Lúcio os outros dois filhos há anos. Desde criança, Lúcio entregava jornais em Planaltina e ajudava a mãe na barraquinha de camelô. Olindina vendia roupas na rua. O menino que jogava no Planaltina era a chance de melhoria de vida da família, depois de ter sido rejeitado em testes no Goiás, Vila Nova e Cruzeiro e confortar-se com a ideia de que somente jogaria em time pequeno.

— Quando ele disse, naquele Natal, que queria voltar, eu falei: você é a nossa esperança — diz Olindina.

O filho acatou. Em Porto Alegre, deixou de ser Lucimar, o nome de batismo. Subiu logo para o time profissional do Inter e se consagrou como revelação do futebol brasileiro em 2000. Foi convocado para a Seleção. Atraiu a atenção de empresários e de clubes europeus. O Internacional decidiu que era hora de vendê-lo. Foi negociado com o Bayer Leverkusen, da Alemanha, por US$ 8 milhões.

Quando o clube já contava com o dinheiro no cofre, Lúcio telefonou para a mãe e disse que não iria. Que não se adaptaria a um país estranho, que nunca aprenderia alemão. Foi no final de 2000. Chamaram dona Olindina a Porto Alegre. A mãe encontrou o filho arrasado. Conta, rindo:

— Um dia antes de embarcar, ele amarrou o bode no quarto.

Olindina ficou duas semanas em Porto Alegre. Arrumava a mala de Lúcio. O filho desfazia a mala e fechava-se no quarto. Chorava. Dizia que sofria longe da mãe em Porto Alegre, que na Alemanha seria muito pior.

Com a ajuda do empresário Sandro Becker, conseguiu fechar a mala e levar Lúcio ao aeroporto. Mais uma choradeira. Hoje, dona Olindina se diverte relembrando. Evangélica, atribui tudo à fé e ao destino:

— Era para ser assim. A porta que Deus abriu ninguém pode fechar.

Quando Maicon era "muito franzino"

Manoel estava sentando na sala, vendo TV, quando bateram na porta da casa na Vila Zuleima, em Criciúma. Era o filho Maicon. O menino largou uma malinha no chão e desatou a chorar. Foi um berreiro. Tinha sido dispensado pelo Grêmio. Estava com 15 anos. Via Ronaldinho, Rodrigo Gral e Tinga irem subindo. Um ano mais novo do que as então promessas de craque, viu seu projeto se desfazer.

Juntou as roupas no alojamento do Olímpico, pegou um ônibus e, sem avisar o pai e a mãe, dona Isa, viajou para Criciúma naquele final de 1996. Ficara um ano no Grêmio, disputando vaga como número 8 no meio de campo. Chegou a ser campeão estadual infantil. Mas não deu certo.

O pai telefonou para Porto Alegre e pediu explicações. Manoel Sisenando, hoje dono de uma imobiliária em Criciúma, ouviu de alguém — que ele prefere não dizer o nome — a desculpa de que Maicon era muito franzino. Conta e dá risada:

— Eu tenho 1m84cm. A mãe dele tem 1m82cm. O Maicon ficou com 1m84cm.

Um encouraçado que voa, o filho é considerado hoje um dos melhores laterais do mundo. Manoel sabe que a história de que o menino era frágil apresentava-se, mais uma vez, como desculpa. Manoel foi jogador profissional por nove anos no Rio Grande do Sul. Era lateral direito. Conhece os argumentos usados por técnicos de divisões de base quando um aprendiz de jogador não agrada ou não encaixa no time.

Maicon, que nascera em Novo Hamburgo, estava descartado. Foi morar com os pais e a irmã, Erla Carla, convencido de que havia frustrado a família. Manoel relembra:

— Eu disse apenas que iria arrumar um time para ele.

Conversou com Docil Amboni, dirigente do Criciúma. Maicon voltou a jogar. Em 1998, Manoel foi contratado pelo clube para dirigir as divisões de base. Virou treinador do próprio filho nos juvenis. Passou a observar que o menino, então com 17 anos, não tinha vocação para meia.

— Ele tinha velocidade, mas no meio o giro dele era lento.

Tentava convencê-lo de que deveria experimentar a lateral direita. Maicon resistia. Em 1998, já como júnior, foi jogar uma partida amistosa em Tramandaí. O Criciúma perdia por 1 a 0. Manoel era o treinador. No segundo tempo, decidiu que o meia viraria lateral, por imposição de quem tinha o comando. Contrariado, o 8 passou a jogar na beira do campo. O time venceu a partida por 2 a 1, com dois cruzamentos de Maicon.

Como lateral, Maicon foi vendido para o Cruzeiro, com 19 anos, em 2000. Quatro anos depois, estava no Mônaco, da França. Este ano, conquistou a Liga dos Campeões da Europa pela Inter de Milão. Numa hora dessas, Manoel não pode nem deve ser modesto:

— Se ele não tivesse o pai como treinador, talvez hoje fosse mais um dos tantos jogadores frustrados no Brasil.

Quando a hiperatividade parou Felipe Melo

A passagem pelo Grêmio foi apenas um dos tantos momentos em que Felipe Melo teve sua persistência testada. O volante fixado por Dunga à frente da zaga, a sua imagem e semelhança, foi meia e atacante antes de se firmar na posição que o levou à Seleção. Mas a experiência no Grêmio de 2004, rebaixado para a segunda divisão, não o abalou. O pai, José Coelho de Carvalho, diz que o filho já havia superado outros testes decisivos, desde a infância:

— Ele tem boas lembranças do Olímpico, e só não torce para o Grêmio quando o adversário é o Flamengo.

Felipe começou no Flamengo, aos nove anos, quando foi observado por dirigentes do time da Gávea num jogo contra uma escolinha de Volta Redonda. Ele e mais três meninos foram selecionados para testes no rubro-negro. Mas aos 13 anos, quando já havia subido vários degraus que podem levar um garoto aos juvenis, aos juniores e depois ao time principal, Felipe parou.

O pai relembra que todos os dias percorria 300 quilômetros, entre Volta Redonda e o Rio, para levá-lo aos treinos. Funcionário da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), tentava ajustar sua jornada às atividades que poderiam transformar o guri em jogador profissional. Viajavam de carro à tarde, voltavam para casa à noite. Quando Carvalho não podia ir ao Rio, Felipe era levado de ônibus pela mãe, dona Silvania.

A família cansou. Felipe foi morar com os avós, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, para ficar mais perto do Flamengo. Não deu certo. O menino era agitado. A família diagnosticou a hiperatividade.

Foi então que Carvalho decidiu: o garoto voltaria a morar com a família em Volta Redonda. Teria melhor acompanhamento dos pais e se submeteria a uma terapia.

Com 13 anos, a promessa de meia-direita largou o Flamengo. Passou a gastar energia no futebol de salão. Ficou um ano assim, até que um dia o pai entendeu que poderia retornar à Gávea. Mas aí o filho é que não queria mais saber de futebol de campo. Foi convencido e voltou.

Jogava como meia-direita nos infantis. Voltou a subir. Nos juvenis, quando Adriano subiu para os juniores, ocupou a vaga e virou atacante goleador. Nos juniores, foi acomodado como volante. Depois foi para o Cruzeiro, de Minas, e em 2004 veio para o Grêmio.

No final de 2004, foi contratado pelo Mallorca, da Espanha. Transferiu-se para o Racing Santander, onde passou por mais uma prova: o técnico o escalou como ponteiro esquerdo. Jogou depois no Almería, onde se destacou como meia e foi comprado pela Fiorentina em 2008. Desde o ano passado é volante da Juventus.

O pai fala das oscilações na carreira e da infância para exaltar a capacidade de superação do filho:

— Sempre estive ao seu lado porque sabia, desde quando ele tinha cinco e jogava com garotos de nove anos, que ele tinha o dom. Felipe perseverou e venceu.

Quando Michel Bastos "largou"

Dona Bete lembra bem o dia em que Michel entrou em casa abatido e anunciou:

— Mãe, to largando. O futebol não tá me levando a nada.

Foi em 2000. Tinha 17 anos. Havia rodado, por quatro anos, sem sucesso, por clubes de Porto Alegre, Minas Gerais e São Paulo.

Como um guri franzino, esnobado por tantos times na adolescência, persistiu a ponto de, 10 anos depois de anunciar o fim da carreira que nem iniciara, convencer Dunga de que a última posição em aberto na Seleção era sua?

Michel saiu de Pelotas com 13 anos, em 1996. Jogava peladas nos campinhos da cidade. Queria fazer testes no Internacional. Veio para Porto Alegre, foi acolhido na casa dos tios Alcides e Neusa Barcelos e do primo Cleber. Ficou nas escolinhas do Inter por alguns meses e foi dispensado. Tinha um pé esquerdo poderoso, mas era magrinho, frágil demais para o futebol.

Lino, ex-jogador do Internacional, o levou para a escolinha do Sesc. Da escolinha, descoberto por um empresário, Michel virou cigano. Foi jogador nas divisões de base do Mogi Mirim, Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, de Minas. Jogava no meio de campo, onde a concorrência é feroz. Perambulava. Cansado, decidiu voltar para casa.

O pai, Argeu Bastos, ex-jogador de futebol do Brasil de Pelotas, era operário de uma metalúrgica. A mãe, Elisabete, doméstica. Tiveram cinco filhos. Daniel, gêmeo de Michel, morreu atropelado com quatro anos. A volta de Michel para casa poderia ser o fim do sonho do guri e da família. Não era. Bete relembra o que o filho disse ao reaparecer com a cabeça baixa em casa:

— Não chego a lugar nenhum.

A mãe respondeu:

— Tu é quem sabe. Tu vais caminhar com as tuas pernas e pensar com a tua cabeça.

Foi jogar nos juniores do Pelotas. Com o meio de campo lotado, decidiu ser lateral esquerdo. Com 18 anos, era profissional. Com 19, foi contratado pelo Feyenoord, da Holanda. Ficou um ano e meio lá. Voltou para o Brasil, jogou no Atlético Paranaense, no Grêmio e no Figueirense, de onde foi, em 2006, para o Lille, da França. Em julho do ano passado foi comprado pelo Lyon por 18 milhões de euros, o equivalente na época a R$ 49 milhões. Joga no meio de campo, onde foi tão rejeitado.

A mãe nunca desistiu. Lembra que tinha mais tempo que o marido para acompanhar os treinos de Michel no Estádio da Boca do Lobo. Às vezes, saía do trabalho e sentava-se num banco da Avenida Bento Gonçalves, por onde os meninos corriam, dando voltas em torno do estádio, e ficava acompanhando, sem que Michel percebesse sua presença. Para conferir se o guri estava mesmo treinando? Não. Ela diz por que:

— Queria só ficar olhando meu filho. Admirando. Coisa de mãe.

Dunga

Briguento, teimoso e obstinado: na infância em Ijuí, o garoto Dunga jogava bola só de calção e descalço. E o dia inteiro. Aos 15 anos, já jogava entre os adultos. Quando levava bronca, fechava a cara e lutava mais em campo, lembram os ex-companheiros.



Gilberto Silva

Zagueiro de boa fama na várzea, o pai de Gilberto Silva foi o conselheiro do filho. Achava que tinha bola para ir além da roça em Lagoa da Prata-MG. Quando a mãe ficou doente, o volante chegou a largar o futebol para ajudar a família, trabalhando em uma fábrica de caramelos.

Luís Fabiano

Nunca quis estudar, era brigão e não tinha muita aptidão para o trabalho. Mas Ditão, avô que o criou após seus pais se separarem, aos dois anos, sabia de algo que o neto fazia muito bem:

— Se deixar ele virar, é caixa — dizia.

E Luis Fabiano virou artilheiro.

Luisão

É o primogênito de uma fábrica de jogadores de futebol de Amparo, interior de São Paulo. Do avô, por parte de mãe e pai, ao irmão mais novo, todos são jogadores. Carecas, claro, como o seu Mário Silva, responsável por mostrar o caminho da bola para prole.

— Acho que só não saíram mais jogadores porque a outra é menina — brinca o irmão de Alex Silva, do São Paulo.

Doni
Quando menino, não queria mais crescer. No colégio, era sempre o último da fila e se sentia mal por isso. O menino sardento pediu até remédios para os pais. Mas eles disseram "não" e o filho cresceu, chegou a 1m94cm, e se tornou o número um de Dunga na Copa América de 2007.



Gomes

De uma família de 12 irmãos se tornou o número 1. Dormiam todos juntos, num cômodo, e talvez por isso a escolha pelo isolamento em baixo das traves. Interesse que, como bom goleiro, só apareceu após tentar a carreira de centroavante. Gomes saiu da roça, onde começou a trabalhar aos sete anos, para se tornar um dos melhores goleiros da rica liga inglesa.


Daniel Alves


— Aos seis anos ficava riscando a parede, dizia que era autógrafo para quando ficasse famoso — conta o irmão Domingos Alves.

O vampiro baiano, como é conhecido pela família, realizou o sonho. Hoje é o 12º jogador de Dunga.

Thiago Silva

Considerado comum, foi dispensado do Flamengo aos 13 anos para se tornar diferenciado no ex-RS e depois, no Juventude. Vendido para o Dínamo da Rússia,foi diagnosticado tuberculoso: seis meses no hospital, dois deles isolado, e um ano sem jogar. Saiu da cama para brilhar pelo Fluminense.

Juan
Filho da merendeira de colégio no Rio, Juan passava a tarde jogando bola no pátio esperando a mãe terminar o expediente. Seu pai não levava muita fé:

— Muitos pais acham que o filho joga muito. Eu, sinceramente, nunca achei isso.


Elano
O pai, seu Gera, olhou para o filho e disse: "nasceu meu jogador de futebol". Elano ajudava o pai a carregar um caminhão de cana e laranja, o que terminou quando foi aprovado para a escolinha do Guarani, em Campinas. Ao pegar oito ônibus por dia para ir aos treinos, começou a tirar os pais da lavoura de cana para sempre.


Robinho

Técnico de Robinho no Santos quando o atacante tinha 15 anos, Manoel Maria conta que a irreverência sempre foi sua maior virtude e seu maior problema:

— Muitas vezes eu o tirava do jogo por ele driblar muito. Os adversários queriam bater nele.


Grafite


Quando nasceu, ficou nove dias na incubadora. A insistência que o trouxe à vida também o levou ao futebol: em vez de escolinhas e categorias de base, Grafite aprendeu tudo na várzea, enquanto trabalhava para o sustento. Profissionalizou só aos 21 anos.

Júlio César

Quando passou do futsal para o futebol de campo, ali pelos 12 anos, Júlio Cesar tremeu:

— Uma experiência horrorosa, porque o gol era bem maior. Então, corria atrás da bola, gol, corria atrás da bola, gol.

Aos 17, já era titular no Flamengo.

Josué
Nascido em Caruaru, Josué cresceu com a sina de ser pequeno.

— No Goiás eu era discriminado pelo tamanho — lembra o volante de 1m69cm, campeão da Libertadores e do mundo pelo São Paulo, campeão da Copa América e da Copa das Confederações pela Seleção.


Kleberson

Seu pai queria ser jogador, mas não conseguiu. Virou auxiliar técnico. Quando nasceu, Kleberson virou a esperança da família, onde até as irmãs jogavam. Destacou-se no futsal em Ibiporã, norte do Paraná. Com 17 anos, já estava no profissional do Atlético-PR.

Kaká
Contrariando a tradição do craque que vem da favela, Kaká é filho de engenheiro e foi criado em um confortável apartamento de São Paulo. Ganhou a primeira bola da vó Vera Sônia:

— Aos quatro anos ele já fazia tudo: ele pegava, ele driblava, ele fazia gol.


Ramires

Tijolo por tijolo, Ramires, ex-pedreiro de Barra do Piraí-RJ, onde dividia uma cama de casal com a mãe e os dois irmãos, conquistou seu lugar no mundo do futebol:

— Muita gente hoje chega e fala que eu dei sorte, mas não sabe o que eu passei no começo para estar aqui hoje.

Gilberto

Caçula entre seis irmãos homens, Gilberto seguiu o destino da família.

— Tem goleiro, centroavante, ponta-esquerda, meia-esquerda, lateral-direito e eu — lista o lateral-esquerdo de 34 anos, o mais velho entre os convocados.

Júlio Baptista

Jogava com bola de meia e de esparadrapo, quando não tinha amigos o companheiro de time era o cachorro. Para salvar Júlio Baptista da ira da mãe, que proibia os chutes na parede branca, o tio o inscreveu numa escolinha aos seis anos.




Nilmar

Um dia, o pai Nilton chegou para o amigo João Cabelinho, que era zelador de um campo em Bandeirantes-PR, e pediu que ele desse aulas para seu filho bom de bola. Com 15 anos, levou o pai às lágrimas ao ficar sozinho em Porto Alegre, nos juniores do Inter.

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