Holanda e Dinamarca fazem nesta segunda-feira, às 8h30 (horário de Brasília), em Joanesburgo, o duelo entre os favoritos as duas vagas do Grupo D às oitavas de final da Copa do Mundo. Favoritos e desfalcados. Ambas as seleções irão a campo sem suas maiores estrelas: Robben, pela Holanda, e Bendtner, pela Dinamarca.

Principal responsável por ter levado o Bayern de Munique ao vice-campeonato da Liga dos Campeões, Robben (foto) ainda se recupera de uma lesão muscular sofrida no amistoso contra a Hungria, na semana passada. Por outro lado, Bendtner, centroavante titular do Arsenal, não se livrou de dores na virilha que o incomodam desde maio.

Robben vem fazendo tratamento intensivo e até poderia ir a campo em caso de emergência. Mas como será apenas a estreia holandesa na Copa, o técnico Bert Van Marwijk preferiu poupá-lo para a segunda rodada, contra o Japão, no próximo sábado.

— Temos que evitar a possibilidade de uma recaída da lesão, especialmente porque Arjen (Robben) quase não jogou nem treinou nas últimas três semanas — explicou.

Mesmo sem seu principal jogador, a Holanda é apontada como ampla favorita para a partida. Não só porque tem substitutos à altura, como chega para a estreia respaldada por boas atuações nos últimos amistosos: vitórias por 2 a 1 sobre o México e 6 a 1 sobre a Hungria. O tradicional estilo ofensivo de jogo será mantido por Van Marwijk. Ele não escalou nenhum atacante de área, mas três meias que chegam com facilidade à frente: Sneijder, Van der Vaart e Van Persie.

Dessa vez, no entanto, os holandeses querem aliar ao jogo bonito os resultados.

— Desde 1974 jogamos um lindo futebol, mas só conquistamos um título (o da Eurocopa, em 1988). Temos que mudar isso. Temos demonstrado nos últimos anos que podemos, inclusive, ganhar as partidas jogando mal — disse o capitão Giovanni Van Bronckhorst, de 34 anos.

— Devemos chegar pelo menos na semifinal. É uma obrigação nossa, especialmente quando vemos os 23 jogadores e os clubes em que jogam — concordou Van Persie.

A Dinamarca, por sua vez, se dá satisfeita com um ponto na estreia. O técnico Marten Olsen chegou a admitir que um empate não seria um mau resultado.

— Mas temos que ver como se desenvolve o jogo para ver se essa expectativa é justa — afirmou Olsen.

Além de Bendtner (foto), a equipe nórdica também não deverá contar com o atacante Tomasson e o meia Jensen, já que ambos se recuperam de lesões. O próprio treinador quase foi desfalque: contraiu uma virose na semana passada, mas estará a postos no banco de reservas.