| 01/06/2010 19h04min
Aos 41 anos, o assistente gaúcho Altemir Hausmann embarca nesta quarta-feira para a sua primeira e única Copa do Mundo. Na bagagem, além de 801 jogos, 14 Gre-Nais e dez Libertadores, carrega térmica, bomba e cuia, companheiras inseparáveis em 20 anos de carreira.
— O chimarrão está comigo desde os tempos de Segundona Gaúcha. Ele e as cuecas viradas da minha mãe, a dona Alzi. Não seria diferente na África do Sul — graceja o assistente, que ao lado de Carlos Simon e do paranaense Roberto Bratz forma o trio de arbitragem brasileiro no Mundial.
Adeptos do mate, os três partem para Pretória carregando cuias personalizadas com seus nomes, presente de Altemir.
O mate aproxima os colegas e ajuda a manter a tranquilidade. Depois de ser suplente na Copa de 2006, enfim Altemir realiza o sonho da Copa. Era a última chance, já que em 2014, no Brasil, terá estourado a idade permitida pela Fifa.
— Vivo meu melhor momento. Sou experiente e estou bem fisicamente — assegura o assistente, natural de Estrela, no Vale do Taquari, onde reside com a esposa Roselaine, 36 anos, e os filhos Gustavo, 11, e Arthur, cinco.
O caminho até o Mundial começou em 1990, no curso de árbitros em Porto Alegre. Vencida a etapa, Altemir chegou a se arriscar com o apito em partidas amadoras, mas foi seduzido pela linha de impedimento.
— Sou perfeccionista em tudo. Tenho uma fábrica de peças em fibra de vidro. Não posso errar um centímetro sequer. O impedimento é igual, um desafio, uma busca — filosofa.
O debut com a bandeira aconteceu em 1991: Associação Rosário x Dínamo de Santa Rosa, pela Segundona Gaúcha. Oitocentas partidas, 19 anos depois, Altemir chegou ao seu 801º jogo no domingo passado, no empate entre Botafogo e Vasco pelo Campeonato Brasileiro. A 802ª apresentação será na África do Sul.
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