Esportes | 22/05/2010 16h04min
Ele os torcedores catarinenses conhecem muito bem. Michel Bastos, apesar de ter passado pelo Pelotas, onde nasceu, pelo Atlético-PR e pelo Grêmio, despontou no Figueirense. O ala, junto com Daniel Alves, foi o primeiro a ser escolhido para uma entrevista coletiva nesta fase de preparação da Seleção Brasileira no CT do Caju.
O garotinho que dava conta da ala esquerda do Figueirense, emplacou as seleções de base do Brasil, fez um trabalho de "formiguinha" na França. Comeu pela beiradas, boas atuações pelo Lille, excelente performance pelo Lyon, e dali só decolou.
Migrou para o meio-campo, como acontece com alas habilidosos na Europa, abraçou com naturalidade o exercício da multifunção, tão apreciada pelo técnicos hoje em dia e, sem que o mundo percebesse, cavou sua vaguinha na Seleção. Dunga, que não resiste a atletas versáteis, dirigiu seu interesse para Bastos. Convocou o jogador e ele convenceu.
A luta pela ida a Copa iniciou tardia, somente no ano passado, com sua primeira convocação. Venceu mais uma batalha, das muitas que encarou desde o início. Da necessidade de raça e força para encarar defensores de cara feia e chuteiras pesadas do interior catarinense e gaúcho, às exigências de alta performance e técnica europeias.
Tudo foi superado até chegar ali, às 12h30min do último sábado, quando os microfones do mundo se abriram para ele, na primeira entrevista de um jogador na semana final de preparação no Brasil do time que vai tentar o hexacampeonato. Na coletiva, nada do garoto tímido de outrora, o garoto serelepe da época de Scarpelli ganhou personalidade e não deixa por menos, quer ser titular.
– Chegar à Seleção não foi fácil, e para mim a chance que tive era única, a oportunidade era só de três jogos, mas consegui mostrar para o Dunga que eu tinha condições de estar no grupo e agora quero mais, vou batalhar para jogar, vou dar o máximo, respeitando o Gilberto.
A lateral-esquerda, uma das posições mais testadas por Dunga, é ainda uma incógnita:
– Para ser titular vai depender dos treinos, de eu continuar convencendo o Dunga, vai depender de mim ser titular.
Foco sempre foi o forte de Michel. Tanto que, mesmo sabendo de sua capacidade de brilhar no meio-campo, ele direciona seu objetivo:
– Cheguei à Seleção como lateral esquerdo, sei que no Lyon tenho uma função diferente, pela escolha do treinador, mas claro que ser polivalente colabora com a minha escolha.
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