Márcio Santos foi um dos grandes destaques da Seleção na campanha vitoriosa na Copa do Mundo de 1994. Técnico, era soberano na bola aérea. Em contato com o clicEsportes, o ex-jogador contou o segredo daquele grupo: a união.

– Nunca vi um grupo tão unido como o de 94. Não tinha vaidade. Quem estava no banco ficava vibrando junto. Esse era o grande diferencial – afirma o ex-zagueirão.

Para o ídolo, o grande jogo do Brasil naquele Mundial foi o duelo pelas oitavas de final, contra a seleção anfitriã – os Estados Unidos.

– Todo mundo comenta que o jogo contra a Holanda foi o mais difícil. Mas em nenhum momento, o Brasil perdeu o controle da situação. O jogo mais tenso foi contra os EUA, com um jogador a menos (o Leonardo foi expulso). Sabíamos que quem marcasse primeiro iria garantir a classificação – conta.

Esse jogo foi em 4 de julho – justamente o dia da Independência dos EUA. O Brasil conquistou a vitória com um gol de Bebeto no segundo tempo, após jogada de Romário.

– Em todos os jogos, estávamos acostumados com o verde amarelo na torcida. Aquele jogo foi atípico. Era tudo vermelho e azul. Todos com a bandeira dos EUA. Eles tinham uma pressão muito grande pra vencer. Me disseram que eles tinham um cachê muito alto. Alguns saíram chorando do campo – lembra.