A eliminação no Carioca, alegada pela diretoria, não foi a única razão pela demissão de Cuca do Fluminense. Celso Barros, presidente da patrocinadora, já não via o treinador como prioridade desde antes de sua renovação com o clube, que ocorreu no início do ano. Naquele período, o homem forte do Tricolor havia tentado Muricy Ramalho, mas o alto valor do salário, além da exigência por uma melhor estrutura, acabaram inviabilizando o negócio.

Muricy teve muito peso na saída de Cuca agora. Conversas iniciais já haviam acontecido entre as partes, mas como o rival Flamengo acabou surgindo como uma ameaça para as pretensões tricolores, a diretoria achou por bem não correr o risco de perder o técnico. Assim, Cuca foi demitido antes mesmo do fim da participação do Fluminense na Copa do Brasil.

Cuca, porém, foi surpreendido com a decisão:

– Não esperava, mas são coisas do futebol. O título não veio e eles acharam melhor me demitir. Jogamos bem o campeonato inteiro e tenho certeza de que deixo o time pronto para buscar a Copa do Brasil. Não saio feliz, mas estou confortável, pois as coisas hoje são muito diferentes de quando assumi – salientou.