Na final do Catarinense de 2006, no dia em que soube que a esposa Sara estava grávida de Pedro Henrique, hoje com três anos, o meia Fernandes fez o terceiro gol da vitória do Figueirense sobre o Joinville, por 3 a 0, e homenageou a vinda do primeiro filho.

Depois de uma lesão na clavícula, que o impediu de voltar aos no final de janeiro, o meia alvinegro está recuperado e pode ser a novidade do Figueirense para o clássico contra o Avaí, domingo, na Ressacada. Agora, ele quer homenagear o filho caçula, João Gabriel, que nasceu na última sexta-feira e foi registrado nesta segunda.

A chegada do bebê foi um estímulo a mais na vida do jogador, que não vê a hora de retornar aos campos de futebol. Se tiver oportunidade, vai tentar balançar a rede para homenagear o mais novo membro da família.

— A possibilidade de eu ficar no banco e entrar durante o jogo é grande. Quem sabe eu marco um gol para, desta vez, também homenagear o João Henrique — comentou.

Motivos não faltam. Além do filho, o retorno em si já empolga o camisa 10. Afinal, trata-se de um clássico, cenário ideal para o capitão do Figueirense retornar em grande estilo.

— Estou muito ansioso para jogar. É um clássico e uma final de segundo turno. Além da alegria de estar recuperado após a lesão, estou vivendo um momento muito especial. Dá um ânimo a mais para a partida — disse Fernandes.

Paulista de Itaporanga, Fernandes conheceu a importância do clássico desde que desembarcou em Florianópolis, em 1999. Na época, o Figueirense sagrou-se campeão estadual também num clássico.

— Clássico é diferente. Tem toda uma rivalidade. A gente anda na rua e as pessoas falam conosco. Hoje (ontem) fui ao supermercado e ao posto de gasolina e os torcedores vieram conversar comigo. Me perguntaram se eu ia jogar — relatou.

A adrenalina está alta na vida de Fernandes. Se depender da concentração, as probabilidades de homenagear o pequeno João Henrique aumentam.