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 | 10/04/2010 20h51min

Botafogo vence Fluminense e fica perto do título carioca

Alvinegro pode garantir o returno e levantar a taça sem disputa de final

Em um jogo cheio de surpresas, o Botafogo venceu o Fluminense por 3 a 2, no Maracanã, e garantiu sua vaga na final da Taça Rio. O adversário do Alvinegro na decisão será conhecido neste domingo, na outra semifinal - que será disputada entre Flamengo e Vasco. Caso conquiste o returno do Carioca, o Botafogo levantará o caneco do Estadual antecipadamente, já que faturou a Taça Guanabara.

O clássico começou a mil no Maracanã. Apesar de ambas as equipes entrarem em campo com a formação defensiva composta por três zagueiros, Botafogo e Fluminense partiram para o ataque nos minutos iniciais. E, para surpresa dos torcedores, logo aos 4 minutos o placar já estava aberto. Túlio Souza alçou bola na medida para Loco Abreu mandar de cabeça, no cantinho do gol de Rafael.

Marcador aberto e, inacreditavelmente, a Estrela Solitária se apagou no Maracanã. Após o gol, o que se viu em todo o restante da primeira etapa foi quase um massacre tricolor. Aos 8 minutos, após bate-rebate dentro da área, Leandro Guerreiro colocou a mão na bola e o árbitro assinalou a penalidade. Era mesmo um jogo cheio de surpresas: Fred desperdiçou a cobrança, mandando a bola no travessão.

Mas a superioridade do Fluminense se manteve. Com Everton e Conca no meio, o Tricolor criava muitos mais oportunidades e encontrava espaços deixados pelo Alvinegro com facilidade. A recompensa veio só aos 27, quando Diguinho cruzou com categoria para Fred que, apreveitando a bobeada de Antônio Carlos, só teve o trabalho de cabecear para dentro das redes de Jefferson.

O empate alcançado ainda não traduzia o domínio do Flu dentro das quatro linhas. O Botafogo sentia a ausência de Lucio Flavio e não mostrava criatividade na saída de bola. Pressionado com a marcação adiantada do time de Cuca, os contra-ataques esbarravam muitas vezes antes mesmo do meio do campo. E assim, o Fluminense virou. Aos 31, Alan avançou pela direita e tocou nos pés de Fred, que girou com talento sobre Fábio Ferreira e chutou firme no canto esquerdo de Jefferson.

A segunda grande chance do Botafogo só apareceu aos 36 minutos quando, após cruzamento na área, Fahel cabeceou com força, mas a bola passou por cima do gol. Aos 47, outro susto: gol anulado do Fogão. Não foi à toa, já que Herrera, impedido, ajeitou a bola com as mãos e marcou em seguida.

Segundo tempo e nova virada

Na volta ao jogo, mudanças no Bota. Joel Santana tirou Sandro Silva e Túlio Souza para colocar Caio e Edno, respectivamente. Deu certo. Com mais mobilidade, o Alvinegro voltou com outra cara. Mais veloz, ganhou poder de fogo com as substituições. Prova disso foi o gol de empate, que partiu dos pés de Edno. O meia levantou bola na área, Fahel se livrou da marcação e guardou a redonda no cantinho esquerdo do gol de Rafael, que se atrapalhou ao tentar a defesa.

O panorama mudava mais uma vez. Após o empate, o time de Joel reagiu e passou mandar no clássico. A estrela de Joel Santana já havia brilhado uma vez, com o passe de Tulio Souza (escolhido para substituir Lucio Flavio) que originou o primeiro gol. Mas um personagem que definiu momentos importantes para o Botafogo durante a temporada voltaria decidir, aumentando a estrela do técnico. Caio justificou o apelido de Talismã e, aos 25 minutos, matou bola aérea no peito e chutou de longe para marcar o terceiro do Botafogo.

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