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Esportes  | 02/04/2010 08h58min

Campanha à presidência do Clube dos 13 divide clubes brasileiros

Dupla Gre-Nal apoia Koff, mas Corinthians, Cruzeiro e Goiás estão com Kléber Leite

Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

No cerne da disputa, muito dinheiro. Hoje, o repasse da TV para o Clube dos 13 é de R$ 600 milhões. Mas o contrato de três anos terminou. O plano do atual presidente, Fábio Koff, é começar a negociar em torno de R$ 1 bilhão. Após cinco mandatos, o dirigente gaúcho agora enfrentará o seu mais difícil e poderoso adversário: Kléber Leite, ex-mandachuva do Flamengo, aliado do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A campanha nos bastidores está fervendo.

Fábio Koff está no litoral catarinense, em Jurerê, mas nem por isso o seu grupo político deixou de agir. A eleição estava marcada para novembro, mas foi antecipada para 12 de abril. A ideia é ratificar a nova data em assembleia da entidade, depois da coleta de assinatura em favor da mudança.

Pelos cálculos da candidatura gaúcha, dos 20 integrantes da entidade, 14 irão referendar o “velho”, apelido conferido pelos amigos ao ex-presidente do Grêmio, aí incluído o colorado Fernando Carvalho. Que chegou a se colocar nos bastidores para manter a linhagem gaúcha no comando da entidade, sob as bênçãos do “velho”, mas a entrada em campo da CBF para assumir as rédeas do Clube dos 13 por meio de Kléber Leite atropelou tudo.

— O Goiás já mudou de lado. O Palmeiras pode ser o próximo. Se a eleição ficasse mesmo para novembro, iria complicar tudo. Mas sendo em abril ainda dá. Raspando, mas ainda dá — avalia Carvalho.

Por enquanto, Corinthians, Cruzeiro e Goiás estão com Kléber Leite. Por ter uma empresa de marketing esportivo, surgiram insinuações de que há um conflito ético em tê-lo negociando contratos de TV, principal atribuição do Clube dos 13. Kléber é polido sobre o rival.

— Koff é um fidalgo. Aposto que esta antecipação não foi ideia dele — afirmou sobre o rival, rechaçando qualquer tipo de sanção a Grêmio e Inter pelo fato de fecharem com Koff.

A CBF faz campanha nas federações, um instrumento de pressão influente sobre os clubes. Promete interceder para aumentar, junto à Conmebol, as taxas para os brasileiros na Libertadores, hoje em U$ 15 mil por jogo. Teixeira já ameaçou tirar o Morumbi da abertura da Copa de 2014. O São Paulo apoia Koff, que convidou Patrícia Amorim para integrar sua chapa. Patrícia, presidente do Flamengo, é desafeto de Kléber. Clubes com menos força política, como Portuguesa, por exemplo, podem ter receio de ir contra o poder da CBF.

— É grande a briga — diz Carvalho.

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