O adversário que poderá definir o futuro do Inter na temporada já está em Porto Alegre. Ontem, pouco antes das 18h, o Cerro desembarcou no aeroporto Salgado Filho. A delegação ficará hospedada na Zona Norte, e a Brigada Militar prepara esquema de segurança para evitar foguetórios. À noite, os uruguaios treinam no Beira-Rio.

Após o 3 a 1 no Nacional, pelo Clausura, o Uruguaio do primeiro semestre, o Cerro, líder do Grupo 5, precisa vencer no Beira-Rio para encaminhar classificação na Libertadores.

O técnico Pablo Repetto, 36 anos, não esconde que o Cerro jogará fechado, “talvez até com os 11 jogadores atrás”. Confia na velocidade de seus meias a atacantes para surpreender em contra-ataques. Ele sabe que vitória sobre o Inter causará a demissão do compatriota Jorge Fossati.

— O Inter está pressionado, por isso será uma partida diferente da de Rivera. Estará mais concentrado, o que é sempre perigoso. Sei que Fossati pode deixar o cargo se não vencer, mas isso é normal em futebol. No Uruguai e em todos os lugares do mundo o futebol é assim — advertiu Repetto.

Com um grupo de jogadores pequeno, Repetto utiliza praticamente o mesmo time no Torneio Clausura e na Libertadores. Não se queixa do cansaço provocado pela disputa de duas competições simultâneas, mas admite que o desgaste psicológico afeta a equipe.

— Estamos jogando uma decisão por semana, é claro que isso afeta o time. Mas já fizemos uma reserva psicológica para enfrentar o Inter — avisou.

O atacante Alejandro Mello deixou o jogo de sábado, contra o Nacional, com dores musculares. É a única dúvida para a partida de amanhã. Caso não atue, Molina será o seu substituto. O goleiro Frascarelli será o titular.