A torcida do Inter já começa a tomar as dependências do estádio Atílio Paiva, em Rivera, para o jogo das 19h15min contra o Cerro, do Uruguai. Não há dúvidas: até a hora de os times entrarem em campo, tudo vai ficar muito parecido ao Beira-Rio lotado.

O clima é de festa. Conterrâneos de Santana do Livramento, do lado brasileiro da fronteira, se reconhecem nas arquibancadas e se abraçam. Outros apenas gritam pelos apelidos conhecidos.

A previsão é de 21 mil torcedores do Inter para quatro mil, no máximo, do Cerro e de gremistas que compraram ingresso para secar o rival.

Logo na primeira bandeira do time uruguaio desfraldada no alambrado, ao lado de uma das goleiras, já deu para ver o rugido do estádio: a vaia foi total.

Ao contrário dos jogos em Porto Alegre, há mais torcedores que visivelmente se prepararam para vir a um evento de gala. Então, as cornetas gritam, as máquinas digitais disparam fotos de todo jeito, as faixas com os nomes das cidades da região tremulam ao vento.

Em volta de uma enorme bandeira do 14 de Julho, o Leão da Fronteira de Livramento, que disputa a Série B do Gauchão, a animação parece de final de Copa do Mundo. O ambiente é acolhedor.

Famílias inteiras estão no estádio. E elas podem comprar pipoca diretamente nos carrinhos, sem risco para os vendedores de seus objetos de trabalho serem arremessados para o campo.