Correção: Diferente do que foi publicado entre 9h11min e 9h30min do dia 17/03, o goleiro Wender é jogador do Brusque e não do Criciúma como estava na manchete da matéria.

Para o goleiro Wender, 27 anos, a paradinha acabou pelos próximos três meses. E poderia terminar pelo resto da história do futebol. Com uma luxação no cotovelo esquerdo, o jogador faz coro pela proibição da finta na marca da cal.

Contratado para substituir Fabiano Heves, o goleiro fazia a segunda partida pelo Brusque quando foi "enganado" pela paradinha do atacante Lima e achou que o mais grave havia acontecido.

— No que eu tentei voltar (para tentar a defesa), o cotovelo saiu do lugar. Na hora achei que havia quebrado o braço — contou.

Três meses é o tempo previsto de recuperação da luxação no cotovelo esquerdo, uma lesão ligamentar grave.

— Quando ele se desequilibrou, apoiou o braço estendido no chão e teve uma hiperextensão do cotovelo, tirando-o do lugar — explicou o médico André Karnikowski.

Levado ao Hospital São José, em Joinville, Wender teve o cotovelo recolocado no lugar com um procedimento médico chamado de redução. A possível fratura e a necessidade de cirurgia foram descartadas com uma radiografia. O goleiro ficará três semanas com o braço imobilizado e três meses sem jogar. Fosse um jogador de linha poderia voltar aos gramados em 40 dias.

Quando retornar aos gramados, Wender pode estar livre da paradinha diante da possível proibição do recurso pela Internacional Board. O goleiro não esconde a vontade:

— É muita crueldade. Eles fazem tudo para prejudicar os goleiros, mas se eu pudesse votar pela proibição, seria o primeiro — completou.