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 | 01/03/2010 05h10min

As vitórias da dupla Gre-Nal metem medo







Muito, mas muito parecidas mesmo, as vitórias de Inter e Grêmio sobre Emelec e Novo Hamburgo. Antes que me acusem de comparar Libertadores e Gauchão, me adianto.

Não se trata de comparar competições de níveis diferentes.

Todo mundo sabe que um torneio continental exige muito mais do que um  regional, no qual a maioria dos times nem na Série D do Brasileirão está. Libertadores é mais difícil que Gauchão. Os postes sabem disso. Mas, ainda assim, as circunstâncias se assemelham.

Colorados e gremistas lúcidos têm todos os motivos para entrarem a semana preocupados. Se ficar no futebol apresentado contra Emelec e Novo Hamburgo, a Dupla Gre-Nal não irá a lugar interessante algum este ano.

O "lugar interessante", no caso, tem a ver com o Grêmio. Mesmo com o futebol mediano e sem criatividade apresentado ontem contra o Novo Hamburgo, o time do técnico Silas pode ser campeão gaúcho. Erguer taça é sempre motivo de júbilo, mas a história azul exige sonhos maiores. E com este futebol vai ser difícil ganhar a Copa do Brasil ou o Brasileirão.

Nas imediações da Azenha, a qualidade do time e o ajuste do meio-campo são os grandes problemas. A falta de solidez defensiva do setor mais cerebral de uma equipe faz tudo estourar nos zagueiros.

Ontem mesmo: Douglas e Hugo jogaram, e bem, mas só com a bola. Quando o Grêmio era atacado, eles não acompanhavam os volantes do Novo Hamburgo. Está aí a explicação para a decisão da Taça Fernando Carvalho ter sido surpreendentemente equilibrada, quando a supremacia azul deveria ser esmagadora.

Em resumo: o Grêmio de Silas precisa mais talento e pegada.

O Inter, que sonha com o bi da América, não pode precisar parir uma vitória à fórceps sobre os equatorianos em casa e de virada. Claro que não existe passeio, goleada, enormes facilidades na Libertadores. Mas tanto esforço para dobrar o Emelec assusta na projeção para os mata-matas.

Quem é a liderança técnica incontestável do Inter, como era Fernandão? E o ataque?

Em 2006, havia Fernandão e Sobis, ambos incontestáveis. Renteria era reserva e ídolo da torcida. E agora? Alecsandro é titular e vaiado. Não se sabe quem é o seu companheiro na frente. Em 2006 havia Tinga, Jorge Wagner, Alex, o próprio Fernandão: eram várias as alternativas para armar o time. E no time do técnico Jorge Fossati?

O Inter precisa melhorar. Ficou notório na terça-feira. Por isso a vitória gremista, ontem, e a colorada, na estreia da Libertadores, são parecidas. Ambas metem medo para o futuro próximo.

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