Esportes | 16/02/2010 09h11min
Não chegou a ser um desabafo. Mas o centroavante Alecsandro abriu o coração na entrevista coletiva após o treino dessa segunda, no Beira-Rio. Alvo de críticas por parte da torcida, que contesta sua titularidade no time do técnico Jorge Fossati, o jogador adota cautela ao repercutir as manifestações que vem das arquibancadas como vaias. Ele também estabelece como meta para 2010 trazer para seu lado os mesmo que o contestam:
– Tenho cautela sobre falar sobre o torcedor. Gosto muito do torcedor colorado, continuo dizendo que a maioria está do meu lado. Gosto de estar aqui e de trabalhar aqui. Sobre as vaias, o torcedor tem seu critério para fazer isso. Muitos jogadores que foram vaiados e acabaram se consagrando. Um exemplo é o Kaká, que chegou a ser vaiado no São Paulo e hoje é incontestável – citou, Alecsandro. – Isso aconteceu aqui com Valdomiro e até com o Sobis aqui no Beira-Rio. Então meu objetivo esse ano é conquistar esses torcedores que me vaiam – completou.
Na partida de sábado, a vitória por 2 a 1 sobre o Esportivo, pela última rodada do turno do Gauchão, Alecsandro comemorou colocando a mão no ouvido na frente da arquibancada colorada. O centroavante desfaz qualquer tipo de polêmica ou que o gesto tenha sido para provocar a torcida:
– Eu fiz isso no Gre-Nal também. Depois das vaias, queria ouvir a comemoração deles. Queria saber que eu consegui dar alegria a eles. Não quero causar polêmica – esclareceu, lembrando de outra que deu o que falar: – Teve a dos tiros também, que causou polêmica. Talvez agora eu sambe, já que é carnaval.
Ele também lembra de sua trajetória, desde quando chegou ao Beira-Rio para comprovar que conhece o caminho do gol:
– Tenho total respaldo da direção e dos meus companheiros. No Inter já pude conquistar dois títulos, fazer gol de título, gol em Gre-Nal. Pude chegar com três ou quatro jogadores com mais gols que eu no clube e passei deles, sendo o goleador na temporada. Fui o quarto ou quinto que mais gols fez no Brasileirão. Então, falando em profissionalismo, não tenho o que falar. Tenho até mais gols aqui do que nas minhas duas passagens pelo Cruzeiro, com 31 gols – finalizou.
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Alecsandro: "Depois das vaias, queria ouvir a comemoração deles. Queria saber que eu consegui dar alegria a eles. Não quero causar polêmica"
Foto:
Juliano Schüler
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