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 | 06/02/2010 05h10min

Dívida com credores termina se o Grêmio vender mais um jogador







Volto ao tema por que o assunto é importante. Já abordei a redução significativa da dívida do condomínio de credores do Grêmio, revelada pela coluna ontem.

Agora acrescento uma nova informação: se vender a preço bom mais um jogador para o Exterior e destinar uma parcela do valor para honrar os compromissos do mecanismo criado em 2005, o Grêmio se livra do condomínio.

Este é, ao menos, o cálculo otimista dos departamentos financeiro e jurídico do Olímpico, que trabalham juntos na luta para acalmar a fúria de quem exige receber. Se não zerar tudo, pelo menos deve deixar um resquício pequeno a pagar.

A dívida bateu nos R$ 30 milhões no começo do ano passado, baixou para R$ 17 milhões e, agora, está em R$ 10 milhões. O problema segue sendo quem não aceita entrar em acordo com o clube. Anderson Polga, por exemplo.

O Grêmio está com R$ 600 mil da Lei de Incentivo ao Esporte retidos em virtude de uma ação de 2003 do zagueiro, hoje no Sporting, de Portugal. A dívida atualizada é de R$ 1 milhão. O atacante Leandro Amaral cobra R$ 2 milhões, e a sentença está perto.

Quem poderia, então, ser a solução para as dívidas que fazem a cada ano o Grêmio não ter recursos para disputar os bons jogadores do mercado? Hoje, este nome seria o goleiro Victor.

Obviamente, depois das vendas de Douglas Costa e Réver para Shakhtar Donetsk (Ucrânia) e Wolfsburg (Alemanha), quem pensar em negociar Victor neste momento corre o risco de ser excomungado no Olímpico.

Mas, terminada a Copa tudo muda de figura. Se o técnico Dunga levar Victor para a África do Sul, como parece que fará, se houver esta valorização de vestir a camisa da Seleção Brasileira em um Mundial, o goleiro pode ser a última cartada da atual direção.

Neste caso, mesmo se fechar os dois anos de mandato sem título algum, a gestão do presidente Duda Kroeff teria um trunfo importante: a extinção do condomínio por absoluta ausência de dívidas.

Não deixa de ser um trunfo na hora de, quem sabe, tentar a reeleição. Poderia dizer que o seu primeiro mandato foi para pagar títulos, e o segundo será para conquistá-los.

Mas isso vale outra coluna. O fato é que, hoje, uma boa venda para o Exterior poderia encerrar o condomínio de credores que impede o Grêmio de caminhar direito.




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